Trocando Expiação por Intercessão

Código VD05-E0003-P

VIEW:420 DATA:2020-03-20

Em um site chamado http://www.adventistas-bereanos.com.br/ foi encontrado um texto; os comentários encontram nos parágrafos do texto em formatação diferente.

No ritual anual da expiação, Deus mandou Moisés transmitir orientações claras e precisas para Arão, escolhido por Deus para oficiar como sumo sacerdote entre os sacerdotes levitas. Para o rito anual de expiação, Arão deveria providenciar dois bodes retirados de entre o povo israelita. Assim diz o texto bíblico:

"E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para expiação do pecado e um carneiro para holocausto". Levítico 16:5

Os dois bodes que seriam utilizados no ritual da expiação deveriam ser tirados de entre o povo israelita. Eram bodes que deveriam ser oferecidos voluntariamente por qualquer cidadão dos filhos de Israel. Como ele iria simbolizar o verdadeiro Cordeiro de Deus oferecido gratuitamente pelo Criador do Universo, os bodes também deveriam ser uma oferta voluntária.

Uma vez tendo os bodes em suas mãos, o Sumo Sacerdote deveria escolher aleatoriamente a um deles. Lançando sorte sobre os dois, um seria definido como bode expiatório, que sofreria a morte e teria o seu sangue usado no ritual da expiação. Assim diz o texto bíblico:

Primeiramente o texto define que um dos bodes seria o bode expiatório, o texto bíblico não define assim, define que um dos bodes seria o bode do senhor e o bode será oferecido para expiação do pecado, não diz portanto que o bode é expiatório e sim que com sua oferta se faz expiação do pecado, ou seja está correto em dizer que o sangue do bode seria usado no rito da expiação mas não existe um claro assim diz o Senhor que um dos bodes seria definido como bode expiatório, ele não era definido assim, ele era apenas definido como bode do Senhor.

Devemos entender o termo para, um bode é para o Senhor, e outro para Azazel, o para é uma preposição pode significar várias coisas, neste caso o bode para o Senhor não é para se fazer expiação dos pecados do Senhor, resta-nos outros pontos, o bode é do Senhor ou o bode tem o nome do Senhor sobre ele.

"E Arão lançará sorte sobre os dois bodes: Uma sorte pelo Senhor, e a outra sorte pelo bode emissário. Então Arão fará chegar o bode, sobre o qual cair a sorte pelo Senhor, e o oferecerá para expiação do pecado". Levíticos 16:8 e 9

Vamos contrastar o texto dado com uma outra versão e esta diz:

Levítico 16:8 Arão tirará a sorte entre os dois bodes, usando duas pedras, uma com o nome do SENHOR, e a outra com o nome de Azazel.
Levítico 16:9 O bode que pertence ao SENHOR será morto por Arão como oferta para tirar pecados,

Veja que o termo "pelo", nesta versão define "pertence", veja que um termo diz "sorte pelo bode emissário", e na outra versão determina que existe duas pedras uma com o nome do Senhor e outra com o nome Azazel.

Num primeiro momento os dois bodes carregavam representações e simbolismos idênticos: Eram ofertas voluntárias; não foram adquiridos por preço, nem eram frutos dos dízimos devolvidos em espécie. Num segundo momento, o bode que recebera a sorte pelo Senhor, passava a ser encarado como o bode do Senhor, e é era bode que morria para fornecer o sangue que era usado na expiação. O bode do Senhor passava a ter um simbolismo e uma representação extraordinária: Ele era a oferta de Deus para expiar os pecados do povo. Por esse motivo, num primeiro momento, ele carregava a condição de ser uma oferta voluntária, fruto da generosidade de algum israelita altruísta.

Como bode do Senhor, ele carregava a condição de ser uma oferta gratuita do próprio Deus. O povo judeu deveria entender que na expiação anual, Deus em pessoa, é quem fazia uma oferta voluntária pelo pecado. Era Deus oferecendo um sacrifício pelos pecados de todo o povo. A oferta do rito anual expiatório não era para uma pessoa; era uma oferta genérica para todo o povo. Assim diz o texto bíblico:

A idéia de parafrasear que a dádiva de um israelita representa a dádiva de Deus é apenas uma mera especulação da idéia, Deus deu gratuitamente Jesus como cordeiro para ser morto, mas mesmo isso ocorrendo não dá o direito de parafrasear que o israelita que deu o bode representa Deus dando a Jesus. Aqui foi posto uma mera especulação e nunca um claro assim diz o Senhor de que o Israelita representa Deus. Em quase toda a totalidade do ritual, Deus está apenas concebido na arca e na manifestação do "Shequinaw " fora isso se torna assunto especulativo.

"Depois degolará o bode da expiação, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório". Levítico 16:15

Comparando-se com outra versão temos:

Levítico 16:15 Em seguida Arão matará o bode do sacrifício para tirar os pecados do povo, levará o sangue para dentro do Lugar Santíssimo e borrifará com ele a tampa da arca e em frente da arca, como fez com o sangue do touro novo.

Veja um dos bodes é para sacrifício e outro não seria morto, pois os dois bodes eram para fazer expiação, a diferença é que um era para ser morto (sacrificar) o outro não.

Como a Bíblia nos mostra, o rito anual da expiação não tinha caráter de individualizar ou personalizar a expiação. O ato expiatório era genérico, feito em nome de toda a nação escolhida. Uma vez que a expiação fora genérica, qualquer um dos filhos de Israel poderia se apossar dos méritos da mesma. Qualquer um que, arrependidos dos seus pecados, poderia se beneficiar da expiação que fora feita para benefício de todo o povo.

Aqui existe outra especulação que é dizer que "não tinha caráter de individualizar ou personalizar a expiação", o ritual não define se o sangue tem o caráter de representar a purificação por partes ou não visto que :

Levítico 16:15 Em seguida Arão matará o bode do sacrifício para tirar os pecados do povo, levará o sangue para dentro do Lugar Santíssimo e borrifará com ele a tampa da arca e em frente da arca, como fez com o sangue do touro novo.

Aqui diz que "matará o bode do sacrifício para tirar os pecados do povo", ora se no rito original no céu o pecado for tirado de um em um até chegar a todo o povo, não viola a representação simbólica do ritual do santuário, portanto dizer que o caráter não é de individualizar é mera especulação. Logicamente qualquer que se arrepende entra na parte do ritual, se de uma vez ou em partes não é definido. Se o sangue do bode contém o pecado parte a parte, não viola o simbolismo do sangue.

Sabemos que os ritos do antigo tabernáculo terrestre apontavam para Cristo, especialmente o rito expiatório anual. Quando chegou o momento da realidade se encontrar com a sombra, do transitório se encontrar com o eterno, todas as imagens representativas tiveram um cumprimento real. Assim como o bode que representava Cristo era designado como oferta voluntária do Senhor, o Cristo real foi a mais grandiosa oferta de Deus para os homens. Assim diz o texto bíblico:

"Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes de vossos pais; mas com o precioso sangue de Cristo, como um cordeiro imaculado e incontaminado". I Pedro 1:18 e 19

Um outro dado importante que o texto bíblico do Antigo Testamento revela é que o "bode pelo Senhor" não era uma oferta pessoal, individualizada e sim uma oferta genérica feita em favor de todo o povo.

Novamente, quando a realidade se encontra com a sombra, quando o eterno se encontra com o transitório, aquilo para o qual o rito anual apontava teve seu cumprimento exemplarmente fiel. O sacrifício de Cristo não foi individual e nem personalizado. Cristo, a realidade para qual a sombra apontava, não morreu para nenhum indivíduo em especial, ainda que eu e você possamos imaginar que Cristo tenha morrido por nós. A Bíblia afirma que o Filho de Deus foi mandado ao mundo para sofrer a morte por toda a humanidade. Assim diz o texto bíblico:

Primeiramente devemos ter a seguinte idéia, no ritual do Santuário quem estava fazendo parte? Ora era os israelitas arrependidos, os israelitas não arrependidos não faziam parte do ritual, nem tão pouco os incrédulos. Aqui o termo é claro "tirar os pecados do povo", logo Cristo morreu pelos seus filhos seja eles apenas um ou vários, não importa, o que importa é a função primordial que é a lei do amor, seja com um ou com vários. Sobre os pecados, e a morte de Cristo, o sangue expiatório está sobre os que serão salvos, os perdidos carregarão todos os pecados, e mais, mesmo as obras boas dos perdidos não serão lembrados. Veja o texto:

Levítico 16:16 Assim, fará expiação pelo santuário por causa das impurezas dos filhos de Israel, e das suas transgressões, e de todos os seus pecados. Da mesma sorte, fará pela tenda da congregação, que está com eles no meio das suas impurezas.

A pergunta é de quem será purificado o pecado a resposta é "das impurezas dos filhos de Israel", logo os filhos de Israel recebem a purificação.

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16

"No dia seguinte João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". João 1:29

A palavra mundo pode ter duas vertentes:

1 - Mundo, local terreno parte da terra, região.

2 - Mundo, situação mundana, pessoas que praticam as ações do mundanismo, lascívia e outros.

Cristo quando tira o pecado, o pecado sai do mundo terra e vai para o céu por meio da expiação para fazer a intercessão, mas Deus amou os mundanos ou "todo aquele que nele crê", ora Deus amou aquele que nele crê, pois

Hebreus 11:6 De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam.

Malaquias 2:16 Porque o SENHOR, deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.

Ou seja Deus ama todo mundo que "crê". Pois somente estes que terão "a vida eterna", os outros o sangue de Cristo não pode fazer nada por eles.

Tendo sido morto pela humanidade, qualquer homem em qualquer tempo pode se apossar do sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus. Infelizmente, muitos não entendendo a mensagem simples e clara da Bíblia trocaram a intercessão pela expiação e pregam que hoje Cristo está no Santo dos Santos individualizando o seu sacrifício expiatório para poder purificar o Santuário Celestial. Para isso ser possível, para a expiação poder ser feita no Santo dos Santos de forma individualizada e de maneira que alcance os fiéis de todas as épocas, como diz o autor do livro Aos hebreus, Cristo teria que ter morrido muitas vezes desde a fundação do mundo. Assim diz o texto bíblico:

 

"Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo Céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez vindo depois disto o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação". Hebreus 9:24 a 28

No Céu, a oferta expiatória pelos pecados do mundo já foi feita desde muito tempo. O que Cristo faz hoje no Céu é o trabalho de intercessão por todos os vivos que o aceitam como Senhor e Salvador.

Aqui o autor entra em um grave erro, Cristo não é apenas o cordeiro, ele também é o sacerdote, o sacerdote intercede e o cordeiro faz a expiação, a expiação ou seja a colocação do pecado sobre o cordeiro ocorre desde a fundação do mundo. Como diz o texto:

Apocalipse 13:8 e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

Logo o cordeiro foi morto desde a fundação do mundo, de forma que em todo tempo que um homem pecar o pecado é levado a Cristo, mas a morte terrena ocorre uma vez, mas a ação prática da morte ocorre desde a fundação do mundo. Uma coisa é certa para que haja expiação é necessário uma confissão sobre o cordeiro antes de o imolar, imaginemos a idéia do autor como verdadeira. Logo a salvação só poderia ser para todos os pecadores que tivessem confessado seus pecados antes da morte de Cristo. Pois os posteriores necessitariam confessar e depois imolar a Cristo novamente para que seus pecados fossem perdoados. Pessoas que não confessam seus pecados sobre o cordeiro não são perdoados.

Com a morte de Cristo, Cristo obteve o poder de carregar os pecados através do sangue, e estes pecados podem agora ser levados para o santuário celestial para serem intercedidos não mais na função de cordeiro, e sim na função de sacerdote.

Portanto o cordeiro morto tem a função de que cada pessoa em cada período de tempo, desde a fundação do mundo até o fechamento da porta da graça possa enviar seus pecados da terra ao céu, para que o sumo sacerdote possa no período da purificação do santuário interceder pelo povo.

E onde determina que o sacerdote intercede pelo pecado de cada um?

No texto que diz

Levítico 16:21 porá as mãos na cabeça do animal e confessará todas as culpas e faltas e todos os pecados dos israelitas. Assim, Arão passará para a cabeça do bode os pecados do povo e então mandará o bode para o deserto. Será escolhido um homem para levar o animal,

Encontramos o termo "confessará todas as culpas e faltas e todos os pecados dos israelitas", aqui o termo demonstra todos os pecados culpas e faltas, como uma listagem particular uma a uma.

Portanto em um período do ritual existe um momento em que o Sumo sacerdote "confessará todas as culpas e faltas e todos os pecados dos israelitas", sendo o momento da purificação do santuário.

Vemos portanto que o autor ignorou a dupla atuação de Cristo como cordeiro que ganha o poder de expiação, e como sumo sacerdote intercessor, e ignorou também a ação temporal da ação intercessória, que só pode ocorrer após o poder de expiar, sem expiar o sacerdote não pode interceder, logo Cristo obtendo pela morte na terra o poder de expiar pode subir ao Céu para poder fazer a intercessão. Ora a intercessão não é feita pelo cordeiro e sim pelo sacerdote, ora Cristo também é o cordeiro, mas como cordeiro expia e como sacerdote intercede.






Norway

FACEBOOK

Participe de nossa rede facebook.com/osreformadoresdasaude

Novidades, e respostas das perguntas de nossos colaboradores

Comments   2

BUSCADAVERDADE

Visite o nosso canal youtube.com/buscadaverdade e se INSCREVA agora mesmo! Lá temos uma diversidade de temas interessantes sobre: Saúde, Receitas Saudáveis, Benefícios dos Alimentos, Benefícios das Vitaminas e Sais Minerais... Dê uma olhadinha, você vai gostar! E não se esqueça, dê o seu like e se INSCREVA! Clique abaixo e vá direto ao canal!


Saiba Mais

  • Image Nutrição
    Vegetarianismo e a Vitamina B12
  • Image Receita
    Como preparar a Proteína Vegetal Texturizada
  • Image Arqueologia
    Livro de Enoque é um livro profético?
  • Image Profecia
    O que ocorrerá no Armagedom?

Tags

Azazel, ritual do santuário, satanás, lúcifer, expiação, intercessão, pecado, cordeiro, sacerdote