O repouso e o sábado na morte de Jesus

VIEW:414 DATA:2020-03-20

Um dos modos de ver a morte é como um descanso

Deu 31:16 E disse o Senhor a Moisés: Eis que dormirás com teus pais; e este povo se levantará, e se prostituirá indo após os deuses estranhos da terra na qual está entrando, e me deixará, e quebrará o meu pacto, que fiz com ele.
שָׁכַב
shâkab
shaw-kab'

Em Deuteronômio vemos o radical (שָׁכַ), o que vemos no verso

Gen 2:2 Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera.
שָׁבַת
shâbath
shaw-bath'

Aqui temos também o radical (שָׁכַ), para determinar um conceito para descanso. Sendo que o descanso de Genesis 2:2 não é diretamente o descanso de Deuteronômio. Mas estão conectados por um vínculo metafórico.

Deus terminou sua obra, e assim ele descansou. Não que tenha morrido, pois Deus é imortal, mas viu que tudo era bom e se alegrou com aquilo que tinha feito, e santificou e abençoou o sétimo dia da semana.

Moisés tinha acabado a sua obra ou sua missão e assim repousou, (dormiu). Logicamente também foi ressuscitado, pois temos:

Jud_1:9 Mas quando o arcanjo Miguel, discutindo com o Diabo, disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar contra ele juízo de maldição, mas disse: O Senhor te repreenda
Mat_17:3 E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele.

Assim temos que Moisés descansou e foi ressuscitado e conversou com Cristo.

De tal forma temos a história de Lázaro.

Joh_11:11 E, tendo assim falado, acrescentou: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.

Da mesma forma que Moisés que morreu e o termo posto foi descansar também Lázaro foi determinado como descansando para o termo morrer.

Joh 11:13 Mas Jesus falara da sua morte; eles, porém, entenderam que falava do repouso do sono.
Joh 11:14 Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu;

Portanto temos a ponte entre morrer e o repouso da morte, e não o repouso do sono.

O fundamento do termo radical (שָׁכַ) (Shab) é intervalo. Vem da idéia em que para duas gemas (pedras preciosas), aquele espaço entre as duas é o intervalo. Assim Jesus estava analisando o conceito de morte entre o espaço entre dois períodos. Podemos determinar como período intermediário, entre dois estados de vida.

No conceito divino, este espaço intermediário não é considerado morte de fato, pois esta determinado um período de vida posterior. O que não ocorre com a morte eterna, este não é um período intermediário, e neste caso tal é definido como morte e não como sono ou descanso.

No Gênesis Deus descansou no sétimo dia da semana, e o santificou e abençoou o sétimo dia da semana. Então entre dois períodos de trabalho composto de 6 dias, se remete na semana o último dia como intervalo entre dois períodos com obras, para um período com separação para ações sagradas. Que é o termo santificar, o termo santificar envolve dedicar-se ou separar-se para o que é divino. Então o intervalo esta relacionado a conceitos não ligados a obras seculares.

Na morte de Jesus que ocorreu na sexta feira, véspera do sétimo dia da semana. As pessoas não poderiam preparar o corpo de Cristo, (embalsamação). Deve se entender que todo dia sagrado para os judeus é um "Shabbath" envolvido no intervalo de dias não sagrados. O "Shabbath" relacionado ao sétimo dia da semana, esta relacionado ao "Shabbath" de Deus na criação. Assim temos para o povo hebreu diversos "Shabbath", mas um deles é o "Shabbath" da criação. Que é antes dos rituais de "Shabbath" existentes nas leis de ordenanças.

Hebreus cita o "Shabbath" de Deus da seguinte forma.

Heb 4:4 pois em certo lugar disse ele assim do sétimo dia: E descansou Deus, no sétimo dia, de todas as suas obras;
Heb 4:9 Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus.

Assim o conceito é que em todos os sabbatismos, existe um que restou, ou seja existe diversos sistemas de sabbath cerimonial, o sabbath relativo a antes dos sistemas cerimoniais. O único sábado que não surge no contexto cerimonial é o que foi citado pelo descanso, santificação e benção para o sétimo dia da semana.

Assim temos um descanso, santificação, e benção para o sétimo dia da semana, a indexação deste dia junto com os sabatismos cerimoniais no período mosaico e a extração dos sabatismos cerimoniais, restando o descanso de Deus relativo a criação citado em Gênesis.

Este dia santificado desde Gênesis é mostrado na característica no embalsamamento posterior ao sétimo dia da semana, e mais o comparativo do repouso de Deus, com a característica da morte de Cristo.

É citado que Cristo morreu na sexta feira próximo do por do sol, e ressuscitou na madrugada do primeiro dia. Assim Cristo havia completado sua obra na terra para a obra da graça, e teve seu descanso no sétimo dia da semana, como um paralelo entre o descanso de Deus e o descanso de Cristo. Veja que em ambos temos um repouso, ou seja um intervalo relativo a santificação do sétimo dia da semana.

Assim vemos que Cristo permaneceu em descanso todo o sétimo dia da semana. Como se viu o radical do termo Shabbath, esta vinculado a descanso, ou sono, envolvendo um intervalo entre dois pontos. Assim entre a morte e a ressurreição temos um Shabbath e um Shakab (descanso e sono), relativo ao intervalo da morte.

Portanto temos que a forma conceitual é que na morte e ressurreição de Cristo o sábado é determinado como dia de descanso, ou intervalo entre dois fatos com tal dia sendo santificado. O que vemos é que Cristo eleva o conceito do descanso sabático

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