As formações da escrita hebraica

Código VH01-E0030-P

VIEW:435 DATA:2020-03-20

A origem da escrita esta intimamente ligada a lembrança de fatos. Assim o homem buscou desenvolver meios de recordar fatos. Podemos dizer que as primeiras formas de gravar recordações tentar desenhar os fatos que se deseja recordar. E nisto diversas cavernas foram marcadas com desenhos de animais e vitórias.

A formação da escrita semítica se dá vinculado nestes fatores pictográficos (representação por figura). Entre os primeiros desenhos relacionados a formação da escrita temos as inscrições de Wadi el-Hol e Serabit el-Khadem

Tais seguem o princípio acrofônico, em que a primeira letra o silaba da figura seja idealizada na escrita. Tais são relatadas como as escritas alfabéticas mais antigas. Vindo na linha de recordar fatos passados. Seu desenvolvimento se da na região semítica, e sendo difundida para esta região, e chegando a região egípcia.

A estas formas de escrita chamamos de proto-sinaitico.  A região semita e egípcia se adequaram e evoluíram este tipo de escrita.

Enquanto isso na região da mesopotâmia os povos desenvolveram um meio de contabilizar, usando sinais em forma de cunha chamados cuneiformes. Estes sinais serviam para determinar número de animais, e produtos que se desejava lembra. Com o desenvolvimento dessa escrita, ela veio a incluir formas de informações escritas. Difundiu-se na região mesopotâmica, mas sua forma de redigir era muito complexa e necessitava de regras específicas para decifrar tais inscrições, visto que conjuntos de símbolos representavam uma informação, como as escritas chinesas. Se analisa que a origem seja sumério, mas as formas fonéticas de escrita se baseia no Ugarítico.

Iniciamos nossa análise da escrita do povo hebreu, com a existência de Abraão. Definindo que tal pessoa tenha saído de Ur. Uma região que se idealiza conhecer os símbolos cuneiformes. Na rota clássica temos que Abraão sai de Ur dos Caldeus, indo para Padan Aran, e tem contato com todas as culturas da região do Eufrates em que passou. Tipicamente neste percurso a forma de escrita é o cuneiforme. A partir de Padan Aran, Abraão vai em direção ao Egito, e nesta região entra em contato com as escritas proto-sinaiticas. Entre Ebla e Damasco tem o contato com regiões de mistura entre proto-sinaitico e cuneiforme, mas com grande tendência a utilização do proto-sinaitico. Indo em direção ao Egito tem contato com os Hieróglifos em sua fase de evolução dos símbolos proto-sinaiticos.

A questão é que em toda a fase de contato, não se tem um relato de que Abraão e seus descendentes antes de Moisés tenha escrito documentos em qualquer uma das formas de escrita. Temos que Ebla relata sobre Abraão em tabletes em cuneiforme, mas nenhum relato de escrita. Assim sendo é de analisar que Abraão e seus descendentes não tenha adquirido técnicas nestes tipos de escrita. Uma por que o cuneiforme exige modelos padrões, e o proto-sinaitico necessita ambiente propício para escrita, o que seria considerado difícil para os (habiru), povos nômades, que eram conhecido os hebreus daquela época.

A partir de Moisés no século XV a.C. temos no Egito o conhecimento das escritas proto-semíticas, do cuneiforme, e da evolução dos hieróglifos. Todas estas formas de escrita, se analisa que Moises tenha aprendido.

Act 7:22 Assim Moisés foi instruído em toda a sabedoria dos egípcios, e era poderoso em palavras e obras.

Tendo o conhecimento de todas as formas de escrita, Moises sai em direção a Midiã. Ficando por 40 anos em Midiã, Moises tem contato direto com os escritos proto-sinaiticos, e tem contato com a história de Jó, sendo este considerado o primeiro livro de Moisés. Como estava em Midiã, e sendo o cuneiforme uma escrita pouco utilizada na região, e o hieróglifo muito difícil de se escrever grande quantidade de informação, a escrita proto-sinaitica era a melhor para produção do livro de Jó.

Durante o Êxodo Moisés e os Hebreus saem do Egito e vão em várias regiões do Sinai, tendo contato constante com os escritos proto-sinaiticos. Durante mais quarenta anos os Hebreus nômades estavam em contato com a população da região que utilizava seus documentos e comércio baseando no proto-sinaitico. Como a regra do proto-sináitico era o sistema acrofônico, era fácil de entender o que se estava escrevendo. Diferente dos modelos cuneiformes que já não eram lembrados pelo povo hebreu que a muito tempo estava envolvido com representações pictográficas, e sistemas acrofônicos da região. Assim todos os documentos eram escritos em paleo-hebraico. Um sistema de pronunciação próximo ao Ugarítico com pictografias proto-sináitico. Ao entrar na região dos Cananeus o povo hebreu ficou em contato com a escrita feniciana, que neste período já estava difundido na região grega. Sendo que os gregos estavam evoluído tais escritas para a escrita grega unical. Assim durante séculos os hebreus se inter relacionavam com os povos vizinhos com a escrita proto-sináitica, e escreviam seus documentos com a forma paleo-hebraica.

Observando os séculos que o povo hebreu esteve utilizando o proto-hebraico, vemos que as alterações são poucas. No quadro abaixo temos a tabela de documentos separados por séculos, dos textos escritos em paleo-hebraico e Moabita. E durante todos estes séculos os Hebreus e os Moabitas escreviam seus documentos com tais símbolos. A difusão e assimilação pelo sistema acrofônio foi dominante na região, e os povos em contato com tais escritas que não tinham um sistema político submissor adotaram tais modelos silábicos. Pela tabela de escrita abaixo vemos que durante os séculos a escrita foi alterando apenas para agilizar a velocidade de escrita, os desenhos ficaram em formatos mais diretos, com riscos retos.

Durante o sexto século, a Babilônia dominou os hebreus, e a região até o Egito. Sua política expansionista envolvia a valorização da cultura Babilônica. Como tal sistema era submissor, mesmo a Babilônia tendo contato com a escrita Fenícia, e a proto-sinaitica, ainda conservavam o sistema cuneiforme, mesmo sendo muito mais difícil de utilizar. O sistema Babilônico tendeu a ser conservadorista, e os povos dominados deveriam ser serviçais. Vemos abaixo as escritas babilônicas relacionando a vida do povo hebreu na Babilônia.

E nesta época a escrita hebraica estava baseada em proto-hebreu. Podemos notar isso na inscrição de uma bula sobre a conquista da babilônia sobre o rei de Judá. Mostrando o documento de submissão judaico sobre o poderio babilônico.

Devido a forma de dominação por submissão imposta pelo império babilônico, os persas e gregos se uniram em uma aliança e 538 a.C. a cidade da Babilônia é dominada pelos persas e medos. Os persas ainda estavam ligados com a escrita cuneiforme mas a sua ligação com os Gregos (Medos), fez com que livre do imperialismo Babilônico eles observassem a facilidade da escrita silábica. Assim os Persas começaram a alterar sua forma de escrever, desenvolvendo o aramaico quadrado o que vemos na tabela abaixo.

Podemos observar o aparecimento do hebraico quadrado após o quarto século, observando a letra aleph, o que demonstra que a alteração ocorreu na Persia na transição de uma cultura cuneiforme, com a ligação aramaica, e a influencia dos Medos. Nesta época o povo Persa não desenvolveu uma cultura de submissão e sim de inclusão. O povo judeu não era mais considerado escravo e sim cidadão. A região de Israel foi deixada livre, e quem desejasse ficar poderia, ou poderia voltar a sua terra. Neste ponto o povo judeu permaneceu no império persa, com o satrapa Daniel. Nestes períodos o povo judeu se adaptou a cidadania persa e seus costumes e junto a alteração para o aramaico quadrado. É notado que os judeus se adequaram grandemente ao povo Persa, pois conseguiu com que os Judeus liberassem a tradução das escrituras do paleo-hebraico para o grego unical, com a formação da LXX.

Não se sabe ao certo por que os Judeus modificaram sua forma de escrita paleo-hebraica para a hebraica quadrada. Se idealiza que os judeus estavam tão bem estabelecidos com os Persas que se miscigenaram a cultura, e a um senso mais liberal. Tendo por exemplo a inclusão da LXX, onde notamos o nome de Deus em paleo-hebraico, em meio ao texto grego unical. Temos também o casamento da rainha Ester (judia), como o rei Assuero (Persa){'achashrôsh}. Nestes fatos descritos vemos que a população judaica se miscigenou grandemente com a cultura e costumes persas, pois eram tratados como semelhantes. O que mostra que uma boa miscigenação envolve um tratamento de igualdade, sendo que o imperialismo forma sempre camadas que buscam um isolamento e uma subversão do imperio.

Ao observarmos as alterações do hebraico, vemos que o hebraico antigo permaneceu semelhante durante séculos, mas no período de influência persa ocorre a alteração para o aramaico quadrado. Se voltarmos a observar a tabela das variações do sistema persa iremos ver que os persas depois de 50 d.C. continuam a alterar sua escrita, diferenciando do aramaico quadrado. Em 400 d.C. seus caracteres já estão bem diferentes dos existentes no período que agregava o povo Judeu. De forma que os Persas seguiram a alteração do cuneiforme-aramaico, e os Judeus que estavam junto com a transição, saíram do grupo persa, enquanto era forte o aramaico-quadrado. E assim os Judeus conservaram a escrita aramaica quadrada dos Persas. É interessante notar que o povo hebreu tem um fator de constância naquilo que adquire. Enquanto que entre o período de Moisés os símbolos proto-sinaiticos foram conservados até o período persa, gerando séculos de conservação do modo de escrita semítico norte. O modo de escrita aramico-quadrado desenvolvido pela alteração persa tem conservado durante milênios na cultura judaica, enquanto que os próprios persas que estavam em alteração, deixaram de utilizá-la.

O que demonstra o caráter conservadorista da cultura hebraica. Notadamente vemos que tanto os caracteres do hebraico antigo - proto-sinaiticos, como os do aramaico quadrado, não são invenções hebraicas. São assimilações regionais, de formas de escrita regional. Mesmo assim a obra literária é única em relação aos povos ao redor. De forma que podemos idealizar que o conteúdo das escrituras não é um invenção hebraica e sim uma informação exterior. Supondo que tais informações são destoantes da região que estavam inseridos. Então concluímos que tais conteúdos ultrapassam a compreensão hebraica, e a região em que estavam. Por tanto idealizamos um caráter único das escrituras hebraicas.






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formação da escrita, cuneiforme, proto-hebraico, sináico, fenício, aramaico