Inferno segundo a Bíblia

Código VB01-E0024-P

VIEW:452 DATA:2020-03-20

O original hebraico para "sepultura" é  sheol, que significa, entre outras coisas, um lugar escuro, côncavo, subterrâneo, empregado com referência à habitação dos mortos em geral, sem distinção entre bons e maus.  (Analytical Concordornce, de Young.)

A mesma palavra é outras vezes traduzida por inferno. Algumas versões modernas, para não terem de escolher entre as palavras  sepultura e inferno, deixam a palavra como está no original, isto é,  sheol, no Velho Testamento, e fazem o mesmo com a palavra correspondente,  hades, no Novo Testamento. Convém lembrar que  inferno no Velho Testamento sempre significa  sheol, isto é, um lugar de trevas e silêncio, e não de tormento em fogo.

Psa 6:4 Volta-te, Senhor, livra a minha alma; salva-me por tua misericórdia.
Psa 6:5 Pois na morte não há lembrança de ti; no Seol quem te louvará?
 

Não há sequer uma lembrança de Deus. Como já se viu, os ensinos bíblicos apresentam os mortos como estando a Caso estivessem no Céu ou no inferno, teria sido correto fazerem essa comparação? Lázaro, a quem Jesus amava, estava no Céu, quando o Salvador disse: "Lázaro, o nosso amigo, dorme"? S. João 11:11. Se assim fosse, chamá-lo à vida teria sido roubá-lo da bem-aventurança do Céu, a que tinha direito. A parábola do rico e de Lázaro, registrada em S. Luc. 16, foi apresentada para ensinar, não o estado consciente na morte, mas que a riqueza de nada servirá no juízo, a menos que haja sido usada para fins retos e de beneficência, e que a pobreza não excluirá ninguém do Céu, sendo uma parábola e não uma doutrina. Caso tivesse sido formulada não como parábola mas como afirmação nos moldes doutrinários, tal afirmação seria um bloco de controvérsia de outros textos da bíblia, assim como é uma parábola e uma parábola pode ser uma história inventada com apenas um caráter moralizador, então não se adentra aos fatores teológicos, histórias fictícias de caráter morar.

Ecc 9:4 Ora, para aquele que está na companhia dos vivos há esperança; porque melhor é o cão vivo do que o leão morto.
Ecc 9:5 Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daàem diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
Ecc 9:6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daàem diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.
 

Se a pessoa continuasse consciente após a morte, teria conhecimento do progresso ou desonra de seus filhos. Mas Jó diz que o morto não sabe disso. E não somente isso, mas na morte a pessoa perde os atributos do espírito — amor, ódio, inveja etc. Torna-se portanto evidente que seus pensamentos perecem, e que nenhuma participação mais pode ter com as coisas deste mundo. Mas se, como alguns pensam e sustentam, as faculdades do pensamento humano continuam depois da morte, ele então; e se vive, precisa estar Onde está? No Céu, ou no inferno? Se ao morrer vai para qualquer desses lugares, que necessidade haverá de um juízo futuro, ou de uma ressurreição, ou da segunda vinda de Cristo? Se o juízo não ocorre por ocasião da morte, mas o homem entra logo no gozo de sua recompensa, então a precede o seu e haveria a possibilidade de alguns, ao morrerem, irem para um lugar errado, havendo depois a necessidade de serem mandados para outro, depois de haverem estado na bem-aventurança ou em tormentos durante séculos, talvez.

Satanás começou com seu engano no éden. Disse a Eva: "Certamente não morrereis." Gên. 3:4. Essa foi a primeira lição de Satanás sobre a imortalidade da alma, e ele tem prosseguido com este engano desde aquele tempo até o presente, e o conservará até que termine o cativeiro dos filhos de Deus. Adão e Eva no éden. Participaram da árvore proibida, e então a espada inflamada foi colocada em redor da árvore da vida, e eles foram expulsos do jardim, para que não participassem da árvore da vida e fossem pecadores imortais. O fruto desta árvore deveria perpetuar a imortalidade. "Quem da família de Adão passou pela espada inflamada, e participou da árvore da vida?" , "Nenhum da família de Adão passou por aquela espada inflamada, e participou da árvore; portanto, não há pecador imortal." A alma que pecar morrerá morte eterna, morte esta de que não haverá esperança de ressurreição; e então se aplacará a ira de Deus.
É surpreendente haver Satanás conseguido tão bem fazer os homens crerem que as palavras de Deus: "A alma que pecar, essa morrerá" (Ezeq. 18:4), significassem que a alma que pecar não morrerá, mas viverá eternamente em estado miserável. "Vida é vida, quer seja em dores, quer em felicidade. A morte é sem dor, sem alegria, sem ódio."
Satanás disse a seus anjos que fizessem um esforço especial para espalhar a mentira a princípio proferida a Eva no éden: "Certamente não morrereis." Gên. 3:4. E, sendo o erro recebido pelo povo, e sendo este levado a crer que o homem é imortal, Satanás induziu-os a crer que o pecador viverá em eterno estado de miséria. Achava-se preparado o caminho para Satanás agir por intermédio de seus representantes e apresentar a Deus perante o povo como um tirano vingativo, como alguém que mergulhe no inferno todos os que não Lhe agradem, e os faça para sempre sentir Sua ira; e, enquanto sofrem indizível aflição, e se contorcem nas chamas eternas, é Ele representado a olhar sobre eles com satisfação. Satanás sabia que, se esse erro fosse recebido, Deus seria odiado por muitos, em vez de amado e adorado; e que muitos seriam levados a crer que as ameaças da Palavra de Deus não seriam literalmente cumpridas, pois que seria contra Seu caráter de benevolência e amor mergulhar nos tormentos eternos os seres que criara.
Outro extremo que Satanás tem levado o povo a adotar consiste em não tomarem em nenhuma consideração a justiça de Deus e as ameaças de Sua Palavra, e representá-Lo como sendo todo misericórdia, de modo que ninguém perecerá, mas que todos, tanto santos como pecadores, serão finalmente salvos em Seu reino.
Em conseqüência dos erros populares da imortalidade da alma, e do interminável estado de misérias, Satanás tira vantagem de outra classe, e os leva a considerar a Bíblia como um livro não inspirado. Acham que ela ensina muitas coisas boas; mas não podem depositar confiança nela e amá-la, porque lhes foi ensinado que ela declara a doutrina do tormento eterno.
Uma outra classe Satanás ainda leva mais longe, mesmo a negar a existência de Deus. Não podem ver coerência no caráter do Deus da Bíblia, se Ele infligirá horríveis torturas a uma parte da família humana por toda a eternidade. Portanto, negam a Bíblia e seu Autor, e consideram a morte como um sono eterno.
Ainda há outra classe que é medrosa e tímida. A estes Satanás tenta para cometer pecado, e depois de haverem pecado mostra-lhes que o salário do pecado não é a morte, mas vida em horríveis tormentos, a serem suportados pelas eras sem fim da eternidade. Aumentando assim diante de seu espírito fraco os horrores de um inferno eterno, toma posse de suas mentes e eles perdem a razão. Então Satanás e seus anjos exultam, e os incrédulos e ateus se unem a lançar a injúria sobre o cristianismo. Pretendem que estes males são os resultados naturais de crer na Bíblia e em seu Autor, ao passo que são eles os resultados de receber a heresia popular.
O celestial estava cheio de indignação por causa desta ousada obra de Satanás. Por que se consentia que todos esses enganos se apoderassem da mente dos homens, quando os anjos de Deus eram poderosos, e, sendo comissionados, poderiam facilmente quebrar o poder do inimigo. Deus sabia que Satanás experimentaria todo artifício para destruir o homem; portanto, fez com que Sua Palavra fosse escrita, e esclareceu de tal maneira os Seus propósitos com relação à  raça humana que nem o mais fraco precisa errar. Depois de haver dado Sua Palavra ao homem, preservou-a cuidadosamente da destruição por Satanás e seus anjos, ou por qualquer de seus agentes ou representantes. Conquanto outros livros pudessem ser destruídos, este deveria ser imortal. E, próximo do fim do tempo, quando aumentassem os enganos de Satanás, deveria ser multiplicado de tal maneira que todos os que quisessem poderiam ter dele um exemplar, e poderiam, assim desejando, armar-se contra as armadilhas e prodígios de mentira de Satanás.
Deus havia de maneira especial guardado a Bíblia, ainda quando dela existiam poucos exemplares; e homens doutos nalguns casos mudaram as palavras, achando que a estavam tornando mais compreensível quando, na realidade, estavam mistificando aquilo que era claro, fazendo-a apoiar suas estabelecidas opiniões, que eram determinadas pela tradição. Vi, porém, que a Palavra de Deus, como um todo, é uma cadeia perfeita, prendendo-se uma parte à outra, e explicando-se mutuamente. Os verdadeiros pesquisadores da verdade não devem errar; pois não somente é a Palavra de Deus clara e simples ao explanar o caminho da vida, mas o Espírito Santo é dado como guia na compreensão do caminho da vida ali revelado.
Vi que os anjos de Deus nunca devem governar a vontade. Deus põe diante do homem a vida e a morte. Este pode fazer a sua escolha. Muitos desejam a vida, mas ainda continuam a andar no caminho largo. Preferem rebelar-se contra o governo de Deus, apesar de Sua grande misericórdia e compaixão ao dar Seu Filho para morrer por eles. Aqueles que não optam pela aceitação da salvação comprada por tão alto preço, deverão ser castigados. Vi, porém, que Deus os não encerraria no inferno para suportar a eterna desgraça, tampouco os levaria para o Céu; pois colocá-los na companhia dos que são puros e santos fá-los-ia extraordinariamente infelizes. Ele, porém, os destruirá completamente, e fará com que sejam como se não tivessem existido; então Sua justiça será satisfeita. Ele formou o homem do pó da terra, e os desobedientes e profanos serão consumidos pelo fogo e voltarão de novo ao pó. Vi que a benevolência e compaixão de Deus a tal respeito deveriam levar todos a admirar Seu caráter e adorar Seu santo nome. Depois que os ímpios forem destruídos da Terra, todo o exército celestial dirá: "Amém!"
Satanás olha com grande satisfação para os que professam o nome de Cristo, embora se apeguem intimamente aos enganos a que ele mesmo deu origem. Sua obra é ainda inventar novos enganos, e seu poder e arte continuamente crescem nessa direção. Ele levou os seus representantes, os papas e os sacerdotes, a se exaltarem a si mesmos, e a instigar o povo a perseguir duramente e destruir os que não estavam dispostos a aceitar os seus enganos. Oh! os sofrimentos e agonias que os preciosos seguidores de Cristo foram levados a suportar! Anjos guardaram fiel registro de tudo! Satanás e seus anjos maus disseram exultantemente aos anjos que ministravam a esses santos sofredores que eles deviam ser todos mortos, a fim de que não fosse deixado na Terra um só cristão fiel. A igreja de Deus estava então pura. Não havia perigo de para ela entrarem homens de coração corrupto; pois os verdadeiros cristãos que ousaram declarar sua fé estavam em perigo do suplício no cavalete, na fogueira, e em toda espécie de tortura que Satanás e seus anjos maus seriam capazes de inventar ou inspirar à  mente dos homens.

Sempre na dificuldade se apresenta os verdadeiros.






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morte, inferno, estado intermediário, sono, sheol, hades