A verdade e o tempo

VIEW:429 DATA:2021-09-01

Muito se pergunta sobre o que é o tempo. O tempo fundamentalmente é a determinação da mortalidade, para o que consideramos vivos, e da desintegração daquilo que consideramos sem vida.
De fato o tempo é a desintegração de todas as coisas.
É o percurso em que o que existe, chegue ao ponto do que não existe.
Todo tempo é uma diferença do antes para o agora. De forma que o antes deixa de existir, e o que existe é o agora.
Mas parte do antes para o agora é perdido, isso se chama lei da entropia.
Se o antes para o agora se perde algo, então no futuro o que se perde pode se tornar quase igual ao que que existe hoje, de forma que torne ao nada.
Assim o tempo é a variação entre o existir e o deixar de existir, com o ganho no deixar de existir.
Portanto o continuar existindo, é necessário gastar existências. Uma análise do universo, e claramente vemos que a existência esta ligada, a desintegração de outras existências.
Assim o tempo é meramente a redução da existência.
Analisando o contexto da verdade absoluta do tempo, podemos idealizar o conceito da verdade relativa do tempo.
Na mente humana o tempo esta ligado aos dados agregados a percepção de importância para a personalidade de cada indivíduo.
A mente é um sistema que cria variações para agregar o conhecimento da verdade absoluta que desconhece. Mas o homem pode desenvolver essa variação a ponto da realidade deixar de existir, e o indivíduo viver na fantasia, até que a realidade o destrua.
Como o homem não pode agregar a seu cérebro finito, todos os dados do passado, ele agrega o que considera importante, na forma que considera necessário.
Enquanto faz isso, é necessário a desintegração de ligações químicas. Assim o tempo para o homem também esta ligado a variação da existência para não existência.
Como a ferramenta cerebral é a criação de variações para encontrar partes da verdade absoluta, essa ferramenta pode ser utilizada para o contrário, ou seja, pode ser usado para esconder as partes da verdade absoluta.
Assim se algo é desconhecido, o homem pode variar diversos fatores, e conseguir mediante a testes com o universo, vir a conhecer. Ou pode meramente variar os mesmos diversos fatores, e escolher o que mais lhe agrada, sem fazer testes com o universo.
Dessa forma o homem escolhe a realidade para si, mediante a própria vontade, e não mediante os fatos físicos externos.
A questão é que os fatos físicos externos são reais, e os internos são imaginários.
Uma pessoa pode ter total imaginação que seja real não seguir os conselhos médicos, e que os conceitos médicos que causem destruição. Mas adquirir uma doença por causa dessa realidade baseada na imaginação, a realidade ligada a verdade absoluta, gera sofrimento e até a morte. Dessa forma temos que a verdade Absoluta não se altera por causa da imaginação humana.
Assim também é o tempo. A realidade da desintegração das coisas é um fato, por mais que a lembrança venha a guardar pedaços desconstruídos do passado.
De fato o passado foi desintegrado, e a lembrança, não é o passado, é apenas partes do que a cérebro captou através dos sentidos. E mesmo estas lembranças no decorrer do tempo são desintegradas.
Assim o tempo é o caminho para deixar de viver, ou deixar de existir. Um indivíduo pode pensar que não, mas essa imaginação fora da verdade absoluta, não será obedecida, e a pessoa continuará caminhando para desintegração, sua e dos que existe ao seu redor.
Um homem pode criar um mundo imaginário que ache que será eterno, mas esse mundo lentamente será desintegrado, pois sua mente será desintegrada, e esse mundo imaginário ira se perdendo, até que a destruição dos neurônios possa fazer o sonho deixar de existir.
Assim a mente funciona como um gravador de reações dos sentidos, pelo universo exterior, e essa gravação esta ligada a importância dos fatos ligados aos sentidos.
Tempos maiores da gravação, estão ligados a desintegração para permanência dessa gravação. E tempos menores da gravação, lidados com a desintegração menor. Sendo que esse gasto de energia, esta ligado a decisão cerebral, em que deseja mais gravar, e o que deseja gravar menos.
E estes dados arquivados no cérebro, são o fator temporal da gravação. E mesmo estas com o decorrer do tempo, vão se desintegrando.
De fato o tempo determina que sem uma fonte infinita de energia específica e eterna, para superar a entropia, todo universo esta condenado a desintegrar.
 

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