Ser e aprender, qual a diferença?

VIEW:430 DATA:2021-09-01

Ser, envolve ter o caráter de algo. Por exemplo, Einstein era o descobridor da teoria da relatividade. E como isso ocorre?
O caráter de um indivíduo por meio de suas vivências, que nada mais é que a resposta de suas experiências de vida e decisões, criam a pessoa para desenvolver algo que antes não foi desenvolvido.
Muitos físicos estudaram muito mais que Einstein, e muitos matemáticos eram muito mais estudiosos que Einstein.
Mas Einstein tinha a busca, tinha o sonho, tinha a luta. Suas experiências de vida impuseram a si mesmo mudar os paradigmas que tantos cientistas permaneciam.
E o que é isso. Se uma pessoa estuda muito sobre as leis de Newton, ele acaba confiando nesse estudo, por causa que estudou. Mas Einstein era a pessoa que se questionava, que analisava as coisas e que estava vendo fora da caixa.
Por isso, na época da apresentação de sua teoria, muitos não acreditaram nele. Por que muitos estudavam, mas não eram de fato cientistas, não tinham vivência, tinham apenas documentos, credenciais de estudo ligados a metodologias fixas.
Mas Einstein e outros pesquisadores que violaram as idéias arcaicas, como Galileu, e Kepler eram. Não viviam em ambientes fáceis como grandes catedráticos, mas sim em lutas para conseguir mostrar a beleza que via o universo que o rodeava.
De fato quem estuda, não é, ou seja não viu a vida como deveria ver, apenas incluiu em seu cérebro um monte de conceitos e fórmulas.
O que é, não tem meramente fórmulas, mas tem a vida. Einstein não via as leis de Maxell como as pessoas viam, mas desdobrava tais leis nos fundamentos da energia e massa, e no mistério da luz. Enquanto quem estudava apenas via a utilidade das leis de Maxell, para o uso da eletrônica, e aplicavam tais leis com perfeição, conseguindo os resultados que desejavam. Einstein questionou o modo de ver o fundamento da ondulatória da luz. Da mesma forma que Kepler questionou o modo circular das órbitas planetárias. E ambos mostraram para a comunidade dos que estudavam, que ser é ver além do sistema robotizado de outros indivíduos. Ser, não é aprender, ser é questionar o que existe, e fazer parte de algo novo. Mas não é ser anárquico, e sim ver além, olhar fora da caixa. Mas como se olha fora da caixa? A resposta simples é não estando dentro da caixa. O que parece algo óbvio.
Estar na caixa é estar nos sistemas ritualísticos, e até dogmáticos das instituições, que criam iguais. Indivíduos seguidos por regras pré estabelecidas e curriculares semelhantes, formando um bloco de robôs sistemáticos.
Assim, Einstein buscou estes círculos mas não foi aceito, o que fez trabalhar no serviço de patentes, e ali cheio de idéias que não funcionavam e outras que funcionavam, ele estava fora da caixa, e sua mente flutuava em meio às leis do universo, sem ter alguém controlando e dizendo o que pode e o que não pode pensar.
E assim, pensando livremente e com toda a bagagem de sua vida com dificuldades, ele sonhou, ou se inspirou em uma ideia fantasiosa da luz, e esta como base do universo, e isso fez mudar os paradigmas. Como Kepler que colocou o sol não no centro de um círculo mas em um foco de uma parábola, e isso mudou paradigmas.
Ser, é estar além das instituições que criam mentes iguais. Mas isso não quer dizer, não aprender, quer dizer viver com a mente livre, mas quem vive com a mente livre medita no universo, medita na vida, é um ser livre para viajar nas mais complexas ideias do universo.
Essa é a diferença básica entre ser e aprender. Quem aprende faz, quem sonha, viaja, e cria coisas que os outros não aceitariam.
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