Quando olhamos o gráfico do início do contágio que ocorreu na China, podemos ver uma subida vertiginosa, a melhor idéia é que o vírus já existia, mas não foi contabilizado, visto que as outras
curvas seguem um modelo bem diferente da curva da China. Mas podemos observar que a curva na China a partir de 26 de Fevereiro, se demonstra um platô, ou seja o contágio chegou no seu máximo.
Supondo que estes dados estejam corretos, o que podemos imaginar é que como a China possui um sistema político de controle, ele conseguiu isolar o foco. Em países capitalistas, que definem liberdade de ir e vir, isso se torna quase impossível o que faria com que os outros países gerassem prejuízos muito maiores que na China.
De fato podemos ver que no gráfico da Itália a curva não desacelera e não aparenta ser um platô, que demonstraria uma redução do contágio.
Semelhante a Itália temos os Estados Unidos, em que por enquanto os analistas definem que será o País que terá maior contágio, mas para isso devemos aguardar os novos dados.
Comparando o Brasil com a Itália, a Espanha, e os Estados Unidos nos 30 primeiros dias de mortes pelo Covid-19 temos que a curva brasileira é mais acentuada, o que pode idealizar que no Brasil o índice de mortes possa ser mais acelerado que outros países. Mas com base nesses dados a população brasileira pode gerir regras melhores para reduzir o contágio e reduzir a aceleração de mortes.
Podemos ver que o contágio dos 30 primeiros dias também segue o de mortalidade, o que é lógico, e determina que os dados parecem que são realmente corretos. Quanto mais os números aumentam mais correto é a visão dos fatos. Mas um alerta é demonstrado para o Brasil nesses gráficos.
Até 28 de Março podemos ver que o número de mortes no Brasil e´de 111. O que parece um pouco estranho estes dados.
Em 28 de Março temos 3904 contágios e 111 mortes, o que nos dá mortalidade de 2,8 porcento. Se fizermos uma tabela definindo a mortalidade, temos o seguinte gráfico.
Segundo o gráfico teríamos que a letalidade do vírus teria aumentado no decorrer dos dias, o que é ilógico, um vírus não aumenta a sua letalidade. O que temos é a grande possibilidade de que as mortes estavam sendo subnotificadas. Ou seja, a pessoa morria de Covid-19 e não era marcado como morte de Covid-19. Temos portanto agora uma possível correção, em que a letalidade esteja próximo de 3 por cento. De fato é necessário muito cuidado e dados confiáveis para desenvolver mecanismos de saúde pública, que auxilie a redução do número de mortes.