Muitas pessoas querem tornar verdadeira a parábola de Lázaro para tal vamos analisá-la.

Luk 16:19 Ora, havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e todos os dias se regalava esplendidamente.
Luk 16:20 Ao seu portão fora deitado um mendigo, chamado Lázaro, todo coberto de úlceras;
Luk 16:21 o qual desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as úlceras.

Temos um homem rico e um mendigo na porta deste homem rico, e mais o mendigo era coberto de úlceras. Quando um homem possui úlceras ele não pode ficar próximo de pessoas muito menos de homens ricos. Tal pessoa deve ficar longe e aguardar que as úlceras sequem e que o sacerdote examine e o considere limpo. Portanto um homem com úlceras não poderia estar na porta de um homem e muito menos um homem rico.

Luk 16:22 Veio a morrer o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.

Aqui temos um coisa muito imaginativa "foi levado pelos anjos para o seio de Abraão", é para o seio de Abraão que os mortos são levados? A cultura de ser levado para o seio de Abraão é uma cultura farisaica, e não bíblica, era de tanta monta tal ideologia que Abraão era muita das vezes posto como algo acima das normas de Deus. Mas o homem ao morrer é levado a Deus e não ao seio de Abraão.

Gen_5:24 Enoque andou com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus o tomou.
Heb 11:5 Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte; e não foi achado, porque Deus o trasladara; pois antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus.

Se existe uma ligação é que o homem que poderia ressuscitar é levado para Deus e não para o seio de Abraão, tal idéia é apenas uma tradição Judaica.

Veja por exemplo o que Cristo diz.

Luk 23:43 Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso.

Jesus não diz que tal pessoa vai para Abraão. Mostrando novamente que Jesus utilizou de uma parábola com as ferramentas da tradição judaica, e não de fatos reais.

Luk 16:23 No hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão, e a Lázaro no seu seio.

Veja a alegoria da cena, um local de tormento de fogo, Abraão e Lázaro do outro lado. O mais interessante é que onde estão todos os mortos do hades, e onde esta todos salvos que não estão com Abraão. Só existe o rico o Lázaro e Abraão, ninguém mais gritando, e pedindo para ser salvo por Abraão, só o rico estava ali, e só Lázaro com Abraão, ninguém mais em lugar nenhum. Tal é típica alegoria para extrair um fundo moral, pois não existe lógica em tal ambiente. Podemos ver tais histórias com os sonetos de Gil Vicente, chamados "auto da barca do inferno".

Luk 16:24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia-me Lázaro, para que molhe na água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.

Veja o mais interessante ainda, tendo de um lado o Hades em chama, tendo o outro lado o céu, Lázaro poderia pegar água com um dedo e molhar a língua do rico, tente imaginar este lugar. Um lugar que os celestiais passam e observam o sofrimento dos pecadores, como se fosse algo legal para se ver. Não existindo um Céu e um inferno, e sim um Céu-ferno. O termo Hades envolve sempre em profundeza, mas não, no conto Hades esta na mesma altura que o céu, a um dedo de distância. Tal relato vai contra todos os conceitos de reino celestial que existe na Bíblia. De forma que tal história é somente uma alegoria.

Luk 16:25 Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males; agora, porém, ele aqui é consolado, e tu atormentado.

Neste verso toda justificação pela fé é anulada, de forma que aquele que recebe os bens receberá castigo, e os que recebe males recebera as benesses do reino celeste. Ora isso não existe, pois quem faz o bem é aceito no céu, e não por sofrer, não é o quanto se sofre que faz se conseguir o Céu, nem o tanto que se viva bem que se ganha o inferno. Tal novamente é uma alegoria desprovida de fatos reais. Visto que Abraão em toda análise de vida, mostra que é pelo sofrimento que se ganha o Céu, ao contrario na história de Abraão o que importa é a obediência, e a fé.

Luk 16:26 E além disso, entre nós e vós está posto um grande abismo, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem os de lá passar para nós.

Agora aparece um grande abismo, onde estava este grande abismo quando o rico pediu para molhar o dedo de Lázaro com água para a língua do rico? Derrepente existe uma vala imensa, que não se pode jogar potes de água, não se pode esguichar água, nem mesmo construir uma ponte para ajudar os que estão sofrendo. E não se esqueça, todos os mortos do hades estavam de passeio. Deveriam estar assistindo alguma estréia de filme do Hades, pois a lógica é que teria tanto sofredor do Hades gritando e chorando pedindo para Abraão ajudá-lo mas só existia o rico, e água só poderia ser transportada via dedo molhado.

Luk 16:27 Disse ele então: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
Luk 16:28 porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham eles também para este lugar de tormento.

Aqui temos a idéia de que Lázaro poderia voltar, tal idéia é desprovido de fundamento bíblico. Visto que é maldição consultar a mortos. E sendo a idéia que o sofrimento é que ganha os céu, iria dizer o que para os irmãos para sofrer????

Luk 16:29 Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.

Aqui diz que tem Moisés e os profetas. E o que os profetas dizem?

Ecl 9:5 Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem; para eles não haverá mais recompensa, e já não se tem lembrança deles.

Assim os mortos não sabem coisa alguma, mostrando que o texto é uma alegoria a um pensamento de que as pessoas devem seguir o que conhecem, e não esperar um sinal.

Luk 16:30 Respondeu ele: Não! pai Abraão; mas, se alguém dentre os mortos for ter com eles, hão de se arrepender.
Luk 16:31 Abraão, porém, lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.

Veja que após toda essa conversa, não aparece nenhuma gritaria dos que estão no Hades, veja que só existe estas três pessoas e esse Céu-ferno. Tudo isso demonstra que é uma alegoria apenas não é possível imaginar um local tão descabido de lógica de existência. É uma cena de teatro padrão, cenas reais possuem muitas pessoas, muitas coisas. Utilizar uma alegoria com fator de ação real, é levado a crer que é um desespero para pregar uma coisa que não existe. Um Céu-ferno.

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