De onde vem a semana? Como surgiu?

A definição da semana de sete dias não existe fundamento de existência racional, sendo um efeito totalmente sem normativos da história.

Uma semana é 23,659 % de um ciclo lunar, de forma que sete dias não tem a ver com ciclo lunar. Nossas mãos possuem 10 dedos não existe lógica para que a semana tenha 7 dias visto nosso sistema numérico é decimal. Assim procurando em todos os conceitos não vemos razão para uma semana de 7 dias.

No sistema hebraico temos que a semana é uma criação divina. Uma demarcação de tempo para representação da Criação. Um ciclo de lembrança para a criação. Nas escrituras Bíblicas temos os relatos a partir dos relatos Mosaicos. Mas temos textos escritos mais antigos. Por exemplo em 2150 A.C. cita a criação de sete dias e relata que Noé separava os dias em sete, e agia conforme as regras de sete dias.

Temos portanto quase mil anos antes relatos sobre os sete dias na cultura Assírio-Babilônico[1]. Mostrando que a semana era separação comum dos povos antigos. E que tal era respeitado. Assim novamente temos um fator colocado como divino na origem da semana. De forma que a própria semana é um fator divino. Veja que o termo divino é a idéia de que uma informação tenha sido dado do Céu, e este seja de algo fora do natural humano.

Quando se examina a questão dos sete dias se vê que a importância de tal ciclo esta no sétimo dia, o shabbath. De forma que toda a semana é criada para definir tal dia. Sem esse dia a semana perde o sentido da existência. Se a semana existe, então a importância fundamental esta no shabbath.

Assim temos que se não se dá a importância no shabbath não se dá a importância na semana, e por conseguinte não se da importância na idéia de que haja um criador. Anulando assim a existência de um ser criador. Como foi visto que o shabbath é anterior ao escrito hebraico-mosáico temos que tal é uma cultura muito antiga na região semítica, e um costume dos povos Assírios-Babilônicos do sistema de descanso no Shabbath.

Ou seja os relatos que se possuem é que os povos semíticos guardavam o sábado, muito antes de ser relatado nos escritos de Moíses[3]. Assim temos que os povos semitas guardavam o sábado vinculados a semana.

Assim a guarda do sábado não é do povo de Israel, mas é de uma vertente muito mais antiga que a formação do povo hebreu. Ele remete a antes dos povos babilônicos, relatados nos fundamentos da criação. Isto é visto pelos relatos da criação nos documentos Assírios-Babilônicos [4].

Assim temos que a criação da semana remete a própria criação, que o shabbath era o marco do ciclo de toda Criação, e que todos os povos santificavam tal dia, e com o decorrer dos anos foram se esquecendo do fundamento da história da criação, mas conservaram a divisão semanal, perdendo o real significado.

Essa análise histórica é bem determinada pelo termo encontrado nos escritos mosáicos, que diz

Exo 20:8 Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.

A palavra "Lembra-te" é (זכר - zâkar - zaw-kar'), que gera a idéia de um marco anterior. Que deve se olhar para um marco existente. O que mostra o conceito da história anterior. De que os povos semitas conheciam a criação e guardavam o shabbath mas esqueceram-se tanto do Criador como do dia santificado do Criador. Assim o escrito mosáico não vem a produzir uma informação nova, mas apenas a relembrar uma informação antiga, e um sistema de santificação muito mais antigo que o período em que escreveu tal termo.

Assim o Sabbath não é um norma dada no período mosáico, ele vem desde a criação até os nossos dias e continua, como sendo um marco da Criação de Deus.

 

 

 

 

1 - In the flood story of the Assyro-Babylonian epic of Gilgamesh the storm lasts for seven days, the dove is sent out after seven days, and the Noah -like character of Utnapishtim leaves the ark seven days after it reaches firm ground.

2 - https://en.wikipedia.org/wiki/Week

3 -  Pinches, T.G. (2003). "Sabbath (Babylonian)". In Hastings, James. Encyclopedia of Religion and Ethics 20. Selbie, John A., contrib. Kessinger Publishing. pp. 889–891. ISBN 978-0-7661-3698-4. Retrieved 2009-03-17.

4 - Albert T. Clay, A Origem das tradições bíblicas: Hebraico Legends na Babilônia e Israel , 1923, p. 74 .

 

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