A água é emblema, tanto do batismo como da palavra, duas agências purificadoras. "Também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra". Efés. 5:25 e 26. "Segundo a Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do espí­rito santo, que abundantemente Ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador". Tito 3:5 e 6. A Paulo foi dito que fosse batizado e lavasse os seus pecados (Atos 22:16). Quando os pedaços do animal usado como oferta queimada eram lavados antes de serem colocados sobre o altar, isto não só ensinava ao povo ordem e limpeza, mas também a lição espiritual de que, antes que qualquer coisa seja posta sobre o altar, antes que seja aceita por Deus, deve estar limpa, lavada, pura e santa.

Na oferta queimada - como em todas as ofertas - o sangue era o elemento vital, importante. é ele que efetua a expiação pela alma. A passagem clássica, tratando desse assunto, encontra-se em Leví­tico 17:11: "Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo dei sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; portanto é o sangue que faz expiação em virtude da vida". (Trad. Bras.) A vida da carne está no sangue. é o sangue que faz expiação "em virtude da vida". Quando o sangue era aspergido sobre o altar e o fogo descia e consumia o sacrifí­cio, isto indicava a aceitação do substituto por parte de Deus. "Que seja aceito por ele", ou em lugar dele, "para a sua expiação". Lev. 1:4. Esta expiação era feita "em virtude da vida" que se achava no sangue. Mas esse sangue, que representava a vida, só era eficaz depois da morte da ví­tima. Houvesse Deus querido dar a idéia de que era o sangue, como tal, que era eficaz, sem a morte, tê-lo-ia declarado. Certa porção de sangue poderia ser tirado de um animal sem o matar - como se faz agora nas transfusões de sangue. Assim seria ele provido sem morte.

Não é este, porém, o plano de Deus. O sangue não era usado senão depois de ter lugar a morte. E é o sangue de alguém que morreu. Deu-se uma morte, e não é senão depois dela que se emprega o sangue. Somos reconciliados pela morte de Cristo, somos salvos por Sua vida. Rom. 5:10. Não foi senão depois da morte de Cristo que fluiu sangue e água. João 19:34. Cristo "veio por água e sangue,.. não só por água, mas por água e por sangue". I João 5:6. Não pode ser demasiadamente acentuado esse ponto - que é "intervindo a morte" que recebemos "a promessa da herança eterna", e que um testamento não é válido sem que haja a morte, que "um testamento tem força onde houve morte", e que "necessário é que intervenha a morte do testador". Heb. 9:15-17. Podemos, portanto, rejeitar qualquer teoria de expiação que faça do exemplo de Cristo o único fator em nossa salvação. O exemplo tem seu lugar; é na verdade vital, mas a morte de Cristo permanece o fato central da expiação.

O holocausto, "oferta queimada", era "de cheiro suave ao Senhor". Lev. 1:17. Era aprazí­vel ao Senhor. Era Lhe aceitável. Algumas das razões para isso foram dadas. Salienta-las-emos aqui.

Como a oferta queimada era, antes de tudo e acima de tudo, um tipo da perfeita oferta de Cristo, é natural que lhe agradasse. Como o sacrifí­cio devia ser sem mancha, perfeito, assim Cristo foi o "Cordeiro imaculado e incontaminado", que "nos amou, e Se entregou a Si mesmo por nós, em oferta e sacrifí­cio a Deus em cheiro suave". I Pedro 1:19; Efés. 5:2. Cristo representa completa consagração, dedicação inteira, plena entrega, em dar tudo para que pudesse salvar alguns.

A oferta queimada era agradável a Deus porque revelava o desejo do coração do ofertante de se dedicar a Deus. Efetivamente, ele dizia: "Senhor, quero servir-Te. Coloco-me, sem reservas, sobre o altar. Nada retenho para mim mesmo. Aceita-me no substituto". Tal atitude é um cheiro suave ao Senhor.

Veja Mais dados Novos Conteúdos