A oferta queimada era um cheiro suave a Deus por ser uma oferta voluntária. Não era exigida. Não havia preceito nem devia ser levada em tempos determinados. Se alguém tinha pecado, Deus requeria uma expiação, ou oferta pelo pecado.

Nunca, porém, exigia uma oferta queimada. Se alguém a oferecia, era "de sua própria vontade". Lev. 1:3. Não havia compulsão. Tinha portanto muito mais significação do que uma oferta preceptiva. Indicava um coração cheio de reconhecimento.

Há perigo de que os cristãos façam muitas coisas pertencentes à religião, não porque as desejam fazer, mas por serem costumes, ou exigidas. Dever é uma grande palavra; mas amor é ainda maior. Não convém amesquinhar o dever; ao contrário, cumpre-nos reforçá-lo. Não esqueçamos, porém, que o amor é uma força maior ainda, e que, devidamente compreendida e aplicada, cumpre o dever, porque o incluí­. O amor é voluntário, livre; o dever é exigente, obrigatório. O dever é lei; o amor é graça. Ambos são necessários, e um não deve ser acentuado com exclusão do outro.

Como não havia nenhuma obrigatoriedade quanto à oferta queimada, ela era, na realidade, uma oferta de amor, de dedicação, de consagração. Era alguma coisa além e acima do que era exigido. Isto agradava a Deus.

"Deus ama ao que dá com alegria". II Cor. 9:7. Alguns entendem isto como significando: Deus ama um doador liberal, que dá muito. Conquanto possa ser assim, a declaração, no entanto, é que Deus ama aquele que dá alegremente, de livre vontade. A dádiva poderá ser pequena ou grande, mas se é feita de boa vontade, é aprazí­vel a Deus.

Bom seria aplicarmos este princí­pio ao cristianismo da vida diária. Talvez sejamos solicitados a fazer determinada coisa, a dar para certa causa, ou executar alguma tarefa não muito agradável. Fazemo-lo í s vezes resignadamente, acreditando que, como aquilo é, em si mesmo, uma coisa boa, talvez devamos fazê-lo; não experimentamos, todavia, muita satisfação. Sentimos que o devemos fazer, mas folgarí­amos de ser dispensados.

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