Quando a oferta consistia em bolos asmos ou coscorões, devia ser feita de flor de farinha misturada com azeite, partida em pedaços, sendo derramado azeite por cima. Vers. 4-6. Por vezes era cozida em sertã. Vers. 7 Quando ela se apresentava assim, o sacerdote tomava uma parte, queimando-a sobre o altar em memorial. Vers. 8 e 9. O que sobejava dos coscorões pertencia aos sacerdotes, sendo considerado santí­ssimo. Vers. 10.

Parece evidente que a oferta de farinha e coscorões asmos untados com azeite, visava ensinar a Israel que Deus é o mantenedor de toda a vida, que dEle dependiam quanto ao elemento diário; e que, antes de participar das abundâncias da vida, cumpria-lhes reconhece-Lo como o doador de tudo. Esse reconhecimento de Deus como a fonte de bênçãos temporais, levar-lhes-ia, naturalmente, o espí­rito à origem de todas as bênçãos espirituais. O Novo Testamento revela essa fonte como o Pão enviado do céu, o qual dá vida ao mundo. João 6:33.

é especialmente declarado que nenhuma oferta de manjares se devia fazer com fermento. Nem este nem mel deviam ser postos sobre o altar. Lev. 2:11. Não obstante, ambos, fermento e mel, podiam ser oferecidos como primí­cias. Quando assim usados, não se deviam ainda assim colocar sobre o altar. Vers. 12.

O fermento é sí­mbolo de pecado. Por esta razão era proibido em toda oferta queimada.

Com razão se poderia indagar por que motivo o fermento e o mel, proibidos com outros sacrifí­cios, se podiam oferecer como primí­cias. Lev. 2:12. Conquanto o fermento seja sí­mbolo de pecado, hipocrisia, malí­cia, maldade, (Lucas 12:1; I Cor. 5:8), não há nenhuma explí­cita declaração na Bí­blia no que respeita à significação de mel. Os comentaristas , no entanto, concordam geralmente em que o mel representa aqueles pecados carnais que agradam aos sentidos, mas que implicam em corrupção. Muitos ainda consideram o mel simbólico da justiça própria e de interesse egoí­sta.

Se aceitamos esta interpretação, compreendemos que, ao dizer Deus que Israel devia levar fermento e mel como primí­cias, nos convida ao busca-lo a princí­pio, a levar-Lhe todas as nossas tendências pecaminosas e o acariciado mundanismo. Quer que vamos ter com Ele exatamente como estamos. Conquanto Deus não Se agrade do pecado, e este não Lhe seja um cheiro suave, e conquanto seu sí­mbolo, o fermento, não deva ser levado ao altar, quer que cheguemos a Ele com todos os nossos pecados e justiça própria. Chegando, cumpre-nos deixar-Lhe tudo aos pés. Ele quer que Lhe levemos todos os nossos pecados. Então, devemos ir, e não pecar mais.

Veja Mais dados Novos Conteúdos