Se alguém pecava voluntariamente, era tratado de modo diverso. "A alma que fizer alguma coisa à mão levantada, quer seja dos naturais quer dos estrangeiros, injúria ao Senhor: e tal alma será extirpada do meio do seu povo, pois desprezou a palavra do Senhor, e anulou o Seu mandamento: totalmente será extirpada aquela alma, a sua iniqüidade será sobre ela". Vers. 30 e 31.

Segue uma ilustração acerca do que significa pecar "í  mão levantada" ("afeitamente", diz a Trad. Bras.): Foi encontrado um homem apanhando lenha no dia de sábado. Os dirigentes não sabiam o que fazer, de maneira que "o puseram em guarda; porquanto ainda não estava declarado o que se lhe devia fazer". Vers. 34.

O Senhor não os deixou por muito tempo em suspensão. "Disse pois o Senhor a Moisés: Certamente morrerá o tal homem; toda a congregação com pedras o apedrejará para fora do arraial. Então toda a congregação o tirou para fora de arraial, e com pedras o apedrejaram, e morreu, como o Senhor ordenara a Moisés". Vers. 35 e 36.

Deus proclamara a Israel os Seus mandamentos. Ordenara-lhes que se lembrassem do dia do sábado. Anunciara ser este a prova por ele instituí­da, para mostrar se andariam ou não em Sua lei. Não havia desculpa. Quando saiu o homem a lenhar no sábado, não estava ele em ignorância. Era rebelde. "Desprezou a palavra do Senhor". Violou os mandamentos. Só existia para ele uma lei. Pecara "a mão levantada".

Uma coisa é pensarem os homens, apenas, em mudar o dia de sábado. Outra coisa é tocarem eles a eterna lei de Deus, que é a base de Seu trono no céu. Estes mandamentos constituem a base e razão de expiação. Um exemplar deles se mantinha na arca sagrada, no santí­ssimo do santuário terrestre. Ninguém senão o sumo-sacerdote podia entrar no santí­ssimo. A lei era o próprio alicerce do trono e governo de Deus. Quando, certa ocasião, um homem tocou a arca, foi fulminado. I Crôn. 13:9 e 10. Que não teria acontecido se tivesse posto a mão ao interior da arca, tentando mudar a escrita de Deus nas tábuas! Entretanto, os homens, impiamente, consideram isso uma possibilidade! Esquecem a santidade de Deus e da lei, a não falar na impossibilidade de mudar aquilo que foi gravado em pedra, e isso pelo próprio dedo de Deus!

Será possí­vel que a lei, que é a base da expiação e que requereu a morte do Senhor, tenha sido mudada? Se foi mudado o mandamento do sábado, foram-no também outros? Morreu Cristo por uma coisa no Velho Testamento e por outra no Novo? Exigiu Deus a pena de morte pela voluntária transgressão do mandamento do sábado um dia antes de expirar Cristo na cruz, e não no dia seguinte? Ou haveria uma zona "neutra" quanto à sentença de morte? Pode haver entre os cristãos divergências de opiniões quanto a muitas coisas. Pode, porém, havê-las quanto à necessidade de expiação? é Cristo ainda nosso Sumo-Sacerdote?

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