2.4. QEW - Cooperar na elaboração de leis são a mesma coisa que concurso polí­tico?

 

2.4.1. QEW -  Legislar

Muitas pessoas com o simples objetivo de acusar e questionar, sem dar a devida análise de textos, pois se assim fizesse tais fatores de acusação acabariam. Tais pessoas tentam usar textos fora do seu contexto, ou seja não analisam o sentido dos textos nem tão pouco meditam em tais, pelo simples fato de quererem condenar apenas.

Para que um posicionamento possa ser dado deve se examinar corretamente todos os textos a respeito de um tipo de assunto e só assim determinar uma conclusão.

Um exemplo do uso de textos fora de seu contexto é o que o site http://www.adventistas.ws/politica.htm faz, utilizando de dois textos do livro "Fundamentos da Educação Cristã", que é uma compilação de outros textos dos testemunhos de Ellen. Vejamos pormenorizado cada texto, sem sair do contexto em que esta incluido.

Primeiramente vejamos o texto contido em 1, este texto foi extraido originalmente de "Review and Herald, 19 e 26 de agosto de 1884"1, neste texto encontramos o termo "assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos"1, vemos que esta falando sobre "educar-vos para poderdes ter nome e posição no mundo"1, para vencer em uma ação polí­tica não é necessário educar, a polí­tica é uma ação de eleição, no qual aquele que conseguir convencer o maior numero de pessoas vence, seja ele letrado ou não. Um homem iletrado e uma organização de pessoas pagas podem por no poder o homem iletrado mediante a polí­tica. Mas o texto esta ligado a sua continuação, no mesmo "Review and Herald"2, é citado o encontrado em 2.

Na época antiga as questões de polí­tica não eram determinadas por voto e sim por lutas de conquista, Daniel não guerreou com Nabucodonosor para ter domí­nio polí­tico, mas como cita a bí­blia em 3.

Portanto Daniel participava de "conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação"1, sem o uso do sistema polí­tico da época. O que vai de acordo com o texto quando cita "alcançar as alturas da grandeza intelectual"1, a bí­blia cita que Daniel e seus amigos "dez vezes mais doutos do que todos os magos e astrólogos que havia em todo o seu reino"3, o que faziam os "magos e astrólogos"3, ajudavam o rei a formar leis, como cita por exemplo no caso do texto bí­blico 4.

Os sátrapas eram cargos dados pelo rei a homens, devido a escolhas próprias do rei, Daniel não participou de nenhum teste polí­tico, apenas era como diz o texto "dez vezes mais doutos do que todos os magos e astrólogos que havia em todo o seu reino"3, acrescido de seu espí­rito amavel, foi escolhido pelo rei, sem participar ou lutar em campanha polí­tica, no caso do posicionamento polí­tico temos 5:

Vemos isso no caso de José do egito 6:

Portanto vemos que Faraó se estabeleceu pelas ações polí­ticas mas José atuava na legislação por causa que "ninguém há tão entendido e sábio como tu."6, e neste princí­pio que baseia-se a mensagem encontrada em "Review and Herald, 19 e 26 de agosto de 1884"1.

A bí­blia sempre foi a base de muitas leis, e em nenhum momento, nenhum dos escritores passou por um concurso polí­tico de poderes, Deus estipulava quem deveria e quem não deveria estar em uma posição, José passou por duras provas de pobresa, e Deus o pôs como governador sem a atuação de José, José apenas buscava a Sabedoria que há em Deus.

Atualmente as leis que são dirigidas ao sistema de tecnologia de informática, são feitas baseadas nos conselhos de engenheiros e técnicos de computação, da mesma forma que cita os textos "assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação"1, tais técnicos e engenheiros cooperam para elaboração de leis, sem ter que lutar politicamente para tais cargos, apenas serem grandes especialistas em suas áreas.

O texto encontrado em 1, defende a ampliação do intelecto para o auxilio de produção de leis sem ter que passar pelas deliberadas guerras polí­ticas, envolvendo conglomerados de pessoas em situações questionáveis e anti-cristãs.

Primeiramente temos que em nenhum lugar os escritos de Ellen determinam a permisão de algum indiví­duo cristão participar de concurso polí­tico. Ao contrário informa que "Os filhos de Deus têm de se separar da polí­tica,". Logo temos dois principios o de separação da polí­tica, e a possibilidade de atuar em "conselhos deliberativos e legislativos".

Existem várias formas de atuar em conselhos de leis, uma destas atuações é participar de plesbicito. Atualmente encontramos referendos de participação em leis, como por exemplo a notí­cia "Referendos nas legislativas americanas tratarão de impostos, maconha e cães", portanto em algumas situações as pessoas podem participar dos conselhos legislativos, quando o senado, ou o parlamento autoriza tais participações. Tais ações fazem com que pessoas estejam "cooperando na elaboração de leis para a nação", sem participar de concursos polí­ticos, e campanhas eleitorais. Outras formas são juntas de conselhos de cidadãos no qual aconselham pessoas do senado ou parlamento sobre alguns assuntos.

Notadamente encontramos um texto em "Review and Herald June 23, 1903 Our Responsibility in the Present Crisis"7, tal texto determina que um homem simples pode ser um cristão e define o termo "The human agent may have no voice in legislative councils"7, vemos que define que tal pessoa pode não ter voz em concí­lios legislativos e não tenha "he may not be permitted to deliberate" permissão para deliberar , veja que existe um modo de analise, um que determina um indiví­duo como Daniel, capacitado intelectualmente e com isso aconselhando e assim com "alcançar as alturas da grandeza intelectual"1, que assim participe de conselhos, e em outro posicioanemento um homem simples "it is not necessary for a man to have great talents"7, quem não tem voz em concí­lios nem permissão.

Portanto a questão análí­tica de estar ou não em um concí­lio esta ligada a "grandeza intelectual"1, caso o ponto fosse campanha polí­tica, tal fator não seria necessário, pois o ato eleitoral não faz tal determinação. As eleições envolvem publicidade e não intelectualidade. Portanto unido a que "Os filhos de Deus têm de se separar da polí­tica", fica claro que a atuação do indiví­duo em leis, envolve o ato de conselheiro, tanto quanto possa atuar, desde que façam o trabalho de "separar da polí­tica".

Notadamente vemos que Daniel, não tinha aliança com os outros satrapas, nos qual Daniel era proeminentemente isolado. O texto descrito nos escritos de Ellen remete a Daniel como exemplo. Um indiví­duo que não lutou para conseguir um cargo, e que não fez aliança com descrentes, apenas informava e fazia o seu trabalho corretamente, de acordo com a vontade de Deus.

Se a representação de que um individuo devesse participar de cargos publicos diretamente ligados a votação, não necessitaria determinar o posicionamento ideológico de "grandeza intelectual", como fator predominate de um cargo, e comparando com o exemplo de Daniel.

Ao resumo encontramos que o cristão pode participar nas escolhas no fator aconselhamento para a formulação de leis, como muitas vezes ocorre nos EUA, ao passo que deve estar livre da polí­tica, da forma de "Não tomeis parte em lutas polí­ticas", ora "lutas polí­ticas", não são aconselhamentos para leis como no caso de Daniel, "lutas polí­ticas" é a caracterí­stica eleitoral de conseguir um cargo em meio a disputas.

 

1. Querida juventude, qual é o alvo e propósito de vossa vida? Tendes a ambição de educar-vos para poderdes ter nome e posição no mundo? Tendes pensamentos que não ousais exprimir, de poderdes um dia alcançar as alturas da grandeza intelectual; de poderdes assentar-vos em conselhos deliberativos e legislativos, cooperando na elaboração de leis para a nação? Nada há de errado nessas aspirações. Podeis, cada um de vós, estabelecer um alvo. Não vos deveis contentar com realizações mesquinhas. Aspirai à altura, e não vos poupeis trabalhos para alcançá-la.Review and Herald, 19 e 26 de agosto de 1884

2. Para Daniel, o temor do Senhor era o princí­pio da sabedoria. Ele foi colocado numa posição em que a tentação era forte. Nas cortes reais havia dissipação em toda a parte; condescendência egoí­sta, satisfação do apetite, intemperança e glutonaria constituí­am a ordem de cada dia. Daniel poderia participar das práticas debilitantes e corrompedoras dos cortesãos, ou resistir à influência degradante. Ele preferiu esta última linha de conduta. Assentou em seu coração não corromper-se com as condescendências pecaminosas com que era posto em contato, quaisquer que fossem as conseqüências. Nem mesmo se contaminaria com as iguarias da mesa do rei, ou com o vinho que ele bebia. O Senhor Se agradou do procedimento adotado por Daniel. Ele era muito amado e honrado pelo Céu; e o Deus da sabedoria deu-lhe conhecimento da cultura dos caldeus e inteligência de todas as visões e sonhos.

3. Entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, permaneceram diante do rei. E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos e astrólogos que havia em todo o seu reino". Dan. 1:19 e 20

4. Dan 6:6 Então os presidentes e os sátrapas foram juntos ao rei, e disseram-lhe assim: ó rei Dario, vive para sempre.
Dan 6:7 Todos os presidentes do reino, os prefeitos e os sátrapas, os conselheiros e os governadores, concordaram em que o rei devia baixar um decreto e publicar o respectivo interdito, que qualquer que, por espaço de trinta dias, fizer uma petição a qualquer deus, ou a qualquer homem, exceto a ti, ó rei, seja lançado na cova dos leões.

5.  Dan 2:21 Ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; é ele quem dá a sabedoria aos sábios e o entendimento aos entendidos.

6. Gen 41:39 Depois disse Faraó a José: Porquanto Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Gen 41:40 Tu estarás sobre a minha casa, e por tua voz se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior

7. In order to be a Christian, it is not necessary for a man to have great talents. The human agent may have no voice in legislative councils; he may not be permitted to deliberate in senates or vote in parliaments; yet he has access to God. The King of kings bends low to listen to the prayer coming from one who desires to do the Master

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