1.5.9. Alimento recomendado

Muitos paí­ses do mundo estudam a soja como um produto capaz de prevenir uma série de doenças, além de reabilitar doentes. Congressos médicos mundiais já incluem a soja em suas pautas de discussões e sinalizam a soja como sinônimo de saúde.
Pesquisas do mundo inteiro já confirmaram: as dietas ricas em fibras e com baixos teores de gordura saturada, aliadas a exercí­cios fí­sicos a e um estilo de vida saudável, podem auxiliar no controle da obesidade e proteger contra doenças cardiovasculares, câncer, osteoporose e diabetes.
Inúmeras pesquisas realizadas pela área médica no Japão, China, Estados Unidos e Europa comprovam cientificamente os benefí­cios da soja na prevenção de doenças crônicas como:

Coração

A ingestão de 25 gramas por dia de proteí­na de soja reduz o LDL, o mau colesterol, em torno de 33%.
Menopausa

A soja atenua os desconfortos do climatério, como suores noturnos e ondas de calor.
Colesterol

Os altos ní­veis de colesterol sangüí­neo e do LDL-colesterol estão associados a doenças cardiovasculares, como o infarto do miocárdio e a arterioesclerose. Pesquisas da American Heart Association -AHA (Associação Americana do Coração) têm demonstrado que a ingestão de proteí­nas de soja reduz as taxas de LDL-colesterol. Pacientes acompanhados durante quatro semanas, por médicos da AHA, que tiveram a adição de proteí­nas de soja nas suas dietas - sem outra alteração - apresentaram uma redução nos ní­veis de LDL-colesterol em torno de 33%. Assim, a introdução de pequena quantidade de proteí­na de soja na dieta diária, cerca de 20g que equivalem a 50 g de grãos, é suficiente para deixar seu sangue e seu coração em forma.

 

1.5.10. Prevenção do câncer

Os grãos de soja contêm um composto singular denominado genisteí­na, também chamado de fitoestrógeno ou hormônio vegetal, que possui uma ação estrogênica moderada, que atua na prevenção de câncer relacionado com o estrogênio. Pesquisas realizadas no Japão, Estados Unidos e Europa têm mostrado que a ingestão diária de alimentos à base de soja, como tofu (queijo de soja), miso, natto e tempe (especialidades da cozinha oriental) reduz os riscos de câncer de mama e próstata em 50%.

A soja e seus derivados também possuem uma ação preventiva quanto aos cânceres de cólon, reto, estômago e pulmão. Para que os tumores aumentem seu tamanho, é necessário o desenvolvimento de novos vasos sangüí­neos. O bloqueio desse processo é visto como uma maneira potencialmente importante para controlar o câncer. A genisteí­na também inibe a formação desses vasos e, conseqüentemente, o desenvolvimento dos tumores cancerí­genos.

 

1.5.11. Osteoporose

Com o envelhecimento, as pessoas perdem cálcio, o que resulta, muitas vezes, em osteoporose. Na menopausa, esse processo se agrava com a deficiência hormonal ovariana. Devido sua ação estrogênica, a genisteí­na da soja pode manter a estrutura óssea. Exames de densiometria óssea comprovam que o consumo de soja retarda a osteoporose decorrente da idade, como também reduz significativamente a perda óssea total.

 

1.5.12. Aterosclerose

O hormônio vegetal isoflavona torna as artérias mais flexí­veis e reduz o í­ndice da doença.

1.5.13.Diabetes e outras doenças

As fibras de soja exercem importante papel na regulação dos ní­veis de glicose no sangue, pois retardam sua absorção. Essa redução na velocidade de absorção da glicose auxilia no controle de diabetes. Há evidências de que o consumo da soja tem efeito positivo no controle de outras doenças como hipertensão, lití­ase (cálculos biliares) e doenças renais.
Fonte: Revista época, 7 de fevereiro de 2000, pág.62

1.5.14.Cinco mil anos de História

A soja é uma leguminosa domesticada pelos chineses há cerca de cinco mil anos. Sua espécie mais antiga, a soja selvagem, crescia principalmente nas terras baixas e úmidas, junto aos juncos nas proximidades dos lagos e rios da China Central. Há três mil anos a soja se espalhou pela Ásia, onde começou a ser utilizada como alimento. Foi no iní­cio do século XX que passou a ser cultivada comercialmente nos Estados Unidos. A partir de então, houve um rápido crescimento na produção, com o desenvolvimento das primeiras cultivares comerciais.

No Brasil, o grão chegou com os primeiros imigrantes japoneses em 1908, mas foi introduzida oficialmente no Rio Grande do Sul em 1914. Porém, a expansão da soja no Brasil aconteceu nos anos 70, com o interesse crescente da indústria de óleo e a demanda do mercado internacional.

 
     
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