Comparação de Enuma Elish com o texto bíblico

Código VH01-E0013-P

VIEW:524 DATA:2020-03-20
Comparação de Enuma Elish e considerações diversas.
e-nu-ma e-liš la na-bu-ú šá-ma-mu
šap-liš am-ma-tum šu-ma la zak-rat
ZU.AB-ma reš-tu-ú za-ru-šu-un
mu-um-mu ti-amat mu-al-li-da-at gim-ri-šú-un
A.MEŠ-šú-nu iš-te-niš i-?i-qu-ú-šú-un
gi-pa-ra la ki-is-su-ru su-sa-a la she-'u-ú
e-nu-ma dingir dingir la šu-pu-u ma-na-ma
"Quando no alto não se nomeava o céu,
e em baixo a terra não tinha nome,
do oceano primordial (Apsu), seu pai;
e da tumultuosa Tiamat, a mãe de todos,
suas águas se fundiam numa,
e nenhum campo estava formado, nem pântanos eram vistos;
quando nenhum dos deuses tinha sido chamado a existência,

Aqui temos o texto inicial do poema Enuma Elish. Este poema remete a criação a um relacionamento entre Apsu e Tiamat. Portanto o sistema do poema é que necessita de um relacionamento para formar algo. Outra consideração a existência de duas personificações primordiais. E a característica de que deuses são forças da natureza. Além da ideologia politeísta.

Posições de analise.

R1. Regra de comparação, quando existem 2 textos e um é mais conciso e explicativo que o outro, existe a maior probabilidade que o conciso seja original.
R2. Quando em dois textos um esta envolvido em uma cultura comum e vinculado ao pensamento normal de várias culturas, e outro texto com mesmas ligações possui um pensamento único e diverso do princípio cultural da região inserida, tal texto é o mais provável de ser verdadeiro.
R3. Quando em 2 textos um é mais mitológico que o outro, o menos mitológico é provavelmente o original.

Visão no ponto alienígena.

Um homem e uma mulher alienígena vem a terra tem relação e deixa descendestes? Mas aqui o texto diz que as forças da natureza não existiam. Os alienígenas criaram a natureza? Se criaram a natureza, por que relacionamento para formar um descendente?

A visão alienígena pelo texto analisado perde um sentido real, fica desprovido de uma linha de pensamento racional, pois gera conceitos dualísticos entre limitações e ilimitações.

Comparação bíblica.

Gen 1:1 ??????? ??? ????? ?? ?????? ??? ?????
Gen 1:1 No princípio criou Deus os céus e a terra.

Gen 1:2 ????? ???? ??? ???? ????? ?????? ???? ???? ????? ????? ?????? ?????
Gen 1:2 A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o espírito de Deus pairava sobre a face das águas.
 

Vamos agora determinar (t1) Poesia de Enuma Elish, e (t2) texto bíblico. Usando (R1) sobre (t1) e (t2), temos que (t2) é mais conciso e explicativo que (t1). Por exemplo em (t2) temos que "Deus criou", uma forma superior a ações humanas naturais, em (t1) temos um relacionamento entre dois seres, uma forma limitada a semelhança humana. Em (t2) temos a criação dos céus e a terra, sem a ideologia de que tais são deuses, em (t1) as forças da natureza compreendem deuses. Tanto (t1) quanto (t2) citam a existência de um lugar cheio de águas e sem forma, mas (t2) situa esse lugar sem formas na terra, e em (t1) situa sem formas em todo universo. Em (t2) determina a criação anterior, e outra posterior, determinando uma criação não envolvida em águas, e outra envolvida em águas. Devemos entender que "espírito de Deus" no verso de (t2), não é idealizada como uma outra entidade, como "Tiamat" em (t1), a formação da idéia trinitáriana do sec III não é a ideologia deste texto hebraico, aqui o termo "ruach elohim", não é "o Deus sopro", e sim o "sopro de Deus", visto que (t1) representa os deuses como águas, e em (t2) Deus não é representado por objeto algum, em (t2) Deus é uma forma não papável e visível de existência.

Assim pela R1, o texto (t2) é o relato mais fidedigno, do que (t1).

A origem dos conceitos divinos nas comunidades são a ligação de forças da natureza a entidades divinas. Esta é a forma padrão de todas as religiões. Assim forma-se o politeísmo, pois as diversas forças da natureza são divinalisadas. Assim em (t1) temos as forças da natureza se tornando divinas, tais conceitos são normais nas regiões próximas ou distantes da Suméria. Quando um texto é diferente culturalmente da região em que ela é lida, esta região costuma alterar seu conteúdo para adequar ao seu modo de pensar. Assim um texto inserido em uma comunidade tende no decorrer dos anos ser alterado para adequar-se a comunidade. Assim (t1) é adequado a comunidade regional dos semitas. Mas (t2) não é um texto adequado a comunidade semita. Assim (t2) conseguiu se livrar mais de conceitos regionais, do que (t1). Em (t2) temos a existência de um Deus em uma região politeísta, encontramos idéias únicas de um Deus desvinculado das forças da natureza e vivendo fora dela.

Assim pela R1, o texto (t2) é o relato mais fidedigno, do que (t1).

O texto de (t1) é repleto de conceitos mitológicos e referências divinas, com histórias heróicas de guerras, e criações de guerras. Formação de guerras épicas, como Tiamat, e a luta com Marduk, lutas pertinentes a ações humanas, envolvido espadas, flechas e outras coisas. De forma que armas servem para matar deuses. Assim (t1) tem muito mais mitologia do que (t2).

Assim pela R1, o texto (t2) é o relato mais fidedigno, do que (t1).

Conceito de cópia.

Aqui a pergunta seria, (t1) foi copiado de (t2) ou (t2) copiou de (t1)? Se lermos cuidadosamente os dois textos vemos que nem (t1) copiou de (t2), nem (t2) copiou de (t1). O que temos é uma história inicial com dois caminhos de passagem. Imagine a brincadeira em que uma pessoa fale um texto e mande rapidamente duas filas passar a informação para o último de cada fila.

Assim temos que a mensagem de (t1) e (t2) vieram de uma mesma história original. Visto que se (t2) tivesse copiado de (t1), teríamos no mínimo o fator de guerra contido em (t1), e não encontramos o fator fundamental de (t1) em (t2). O texto de (t1) poderia ter sido cópia modificada culturalmente para se adequar a cultura semítica, mas o texto de (t1) é anterior ao texto de (t2). Logo não há possibilidade de que algum dos textos tenha copiado do outro. Mas entre os dois textos o que mais se aproxima da história original pelas normas expostas é o texto de (t2).

Portanto o texto bíblico, não é cópia do texto sumério, e ainda o texto bíblico é o que mais próximo se encontra do relato sobre a história pertinente aos dois textos.

Muitas pessoas utilizam o texto de Enuma Elish para dizer que a parte inicial do Gênesis da Bíblia vem deste texto. O que não procede, podemos ver paralelos pois a ideologia de um messias se faz paralelo a Marduk, uma história de messias, e o salvador contra tiamat. Quando lemos a bíblia, lemos que um messias viria para destruir a serpente. A questão é qual história messiânica é o original. Marduk a matar tiamat, ou o messias a destruir a serpente? Se Marduk e tiamat vem antes, então Genesis não poderia determinar o messias para um futuro, pois a vinda de Marduk e a vitória sobre Tiamat já descrevem como ocorrido, e em Gênesis não. Qual a história primordial? Aquela que não tem capítulos posteriores a um enredo do futuro. Ou seja gênesis é anterior a história de marduk e tiamat, e a vinda do messias no período romano, é posterior a história de Marduk e Tiamat.

Se utilizarmos as técnicas de análise temática comparativa, veríamos que em conteúdo textual o relato em gênesis seria considerado o mais realista, e portanto o mais primordial dos relatos.






Norway

FACEBOOK

Participe de nossa rede facebook.com/osreformadoresdasaude

Novidades, e respostas das perguntas de nossos colaboradores

Comments   2

BUSCADAVERDADE

Visite o nosso canal youtube.com/buscadaverdade e se INSCREVA agora mesmo! Lá temos uma diversidade de temas interessantes sobre: Saúde, Receitas Saudáveis, Benefícios dos Alimentos, Benefícios das Vitaminas e Sais Minerais... Dê uma olhadinha, você vai gostar! E não se esqueça, dê o seu like e se INSCREVA! Clique abaixo e vá direto ao canal!


Saiba Mais

  • Image Nutrição
    Vegetarianismo e a Vitamina B12
  • Image Receita
    Como preparar a Proteína Vegetal Texturizada
  • Image Arqueologia
    Livro de Enoque é um livro profético?
  • Image Profecia
    O que ocorrerá no Armagedom?

Tags

Enuma Elish, comparações bíblicas, criação, Gênesis, mitologia suméria, babilônica, arqueologia