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Pintura da Torre de Babel

Após a queda da última dinastia sumeriana, diversos grupos semitas se instalaram na Baixa Mesopotâmia, vindos da região ocidental do Vale. O novo soberano Ishbierra tentou transformar a nova capital Isin em um centro de unidade "nacional", porém a população semita ainda conservava uma profunda consciência tribal e permanecia fiel aos príncipes locais. Surgiram assim, uma série de reinos pequenos e rivais entre si, lutando pela hegemonia política da região. As principais cidades que disputavam o predomínio político na Mesopotâmia eram Isin e Larsa. Somente em 1822 a.C., com a subida do rei Rimsin ao trono de Larsa, essa cidade conquistou a liderança do sul mesopotâmico. Ao norte, o rei amorita Shamshi-Adad I tornava-se, em 1815 a.C., rei da Assíria, formando na região um novo centro de poder político. Nesse período, com a proeminência de algumas outras cidades na Mesopotâmia, aconteceu um equilíbrio das forças políticas que durou até o aparecimento do rei Hammurabi.

No início do segundo milênio antes de Cristo, um grupo amorita se estabeleceu em Babila, às margens do rio Eufrates. O governante desse novo grupo, Sumuabum (1894-1881 a.C.), não aceitando a hegemonia imposta pelas cidades de Isin e Larsa, iniciou um processo de expansão territorial e fortificação de sua capital Babel. Seu sucessor, Sumula"el (1880-1845 A.C.), consolida definitivamente a independência de sua cidade, através de decisivas vitórias sobre as cidades vizinhas e da construção de uma muralha em torno de Babel. Seu filho Sabium (1884-1831 a.C.) foi provavelmente o construtor da Esangila, o célebre zigurate dedicado a Marduk, deus protetor de Babel. Nesse período da história mesopotâmica, podemos reconhecer os aspectos mítico-históricos que envolvem o poema de criação, uma vez que nele encontramos a descrição da construção do templo em homenagem a Marduk. Portanto, o período a ser estudado, para contemplar o embasamento histórico do mito cosmogônico na Babilônia, está diretamente relacionado à ascensão do primeiro Império Babilônico.Representação da Babilônia

Desses primeiros reinados babilônicos até a entrada de Hammurabi no cenário político, muitos outros monarcas contribuíram para a fortificação do império, mas foi somente quando Hammurabi subiu ao trono que, através de uma série de alianças e extrema habilidade política do rei, a Babilônia atingiu seu apogeu, principalmente em termos de unidade política e centralização do poder. Hammurabi foi, sem dúvida, um grande conquistador, um estrategista e um exímio administrador. Seu governo trabalhou em torno da regulagem do curso do Eufrates e a construção e conservação de canais para irrigação, incrementando bastante a produção agrícola e o comércio. Em sua política externa, Hammurabi preocupou-se em reconstruir as cidades conquistadas, reedificando e ornamentando os templos dos deuses locais, na tentativa de captar a confiança dos povos vencidos. Esse monarca morreu em 1750 a.C., deixando para seus sucessores o pesado fardo de manter a dinastia por mais cento e cinqüenta anos, mesmo com as dificuldades de um reinado conflitante. Em 1594 a.C., o rei hitita Mursilis I invadiu a Mesopotâmia, acabando assim com a primeira dinastia babilônica. Os hititas não permaneceram em Babel e o espaço político deixado vazio com a queda da dinastia de Hammurabi foi preenchido pelos cassitas, que iniciaram uma nova etapa da história mesopotâmica.

 

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