Acima de todos os indivíduos que compunham a sociedade suméria, estava o rei ou o governador da cidade. Ele era considerado o intermediário entre o deus e a humanidade: era o chefe político e religioso ao mesmo tempo. A idéia de que o rei é o deus encarnado introduziu-se mais tarde, possivelmente por influência egípcia. Patesi (ou o "servidor") era o título dado aos chefes locais e lugal o título reservado aos reis propriamente ditos. Posteriormente, esses dois termos foram empregados como sinônimos.

Os primeiros soberanos de Sumer, por maiores que fossem seus sucessos de conquistadores, não eram "tiranos" inteiramente livres em seus atos, "monarcas absolutos". Nos interesses do Estado, particularmente em questões de guerra e de paz, eles consultavam seus concidadãos mais notáveis, reunidos em "assembléias". Esse recurso a instituições que se dispunham a uma decisão consensual, desde o III milênio a.C., constitui uma grande contribuição da Suméria à civilização. Subordinado ao soberano, existia o clero que administrava os bens do templo. Um corpo burocrático zelava pelos interesses do rei e do Estado. Esses funcionários, colocados sob a autoridade de uma espécie de intendente (nubanda), cuidavam dos bens da casa real, do tesouro público, recebiam impostos, administravam celeiros do Estado e também as expedições comerciais empreendidas pelo governo. Por fim, encontramos uma população numerosa e ativa ocupada com as mais diferentes atividades: criadores, barqueiros, pescadores, negociantes e artesãos.

A escravidão era conhecida e tinha sua origem quer no nascimento, quer no aprisionamento pelo inimigo ou ainda, na venda por dívidas. Note-se entretanto, que o escravo goza de certos privilégios: pode casar até mesmo com uma mulher livre, pode procura a justiça em favor da própria liberdade e se perde a "causa", o julgamento ordena sua venda a fim de que não seja prejudicado pelo patrão.

 

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