Deus tem conservado dois registros históricos de seu relacionamento especial com o ser humano e de suas revelações a este. A Bíblia, escrita originalmente em pergaminhos e chegada, com grandes dificuldades, às nossas mãos, é um deles, O outro registro é constituído pelas ruínas e os idiomas desconhecidos dos países de onde veio a Bíblia.

O homem tem tido acesso ao primeiro desses registros, e tem conseguido lê-lo e modelar sua vida de acordo com ele. Entretanto, poucas pessoas do mundo ocidental têm podido visitar os países do Oriente, examinar o seu solo, observar os vestígios das ruínas de civilizações do passado, e fazer uma idéia do significado dos fragmentos descobertos em diferentes lugares e escritos em vários e estranhos idiomas.

Os restos encontrados na superfície são poucos, se comparados à abundância do material desenterrado dos montes que cobrem as rumas de cidades antigas. Parte desse material foi descoberto por acaso, mas a maioria tem vindo à luz do dia à medida que se desenvolvem as ferramentas e os métodos adequados a esse trabalho, e se decifram os idiomas desconhecidos, permitindo assim determinar a cronologia de cada objeto ou ruína encontrados. A arqueologia bíblica tem avançado gradativamente, graças ao trabalho árduo de pessoas de muitas nacionalidades e de diferentes profissões e ocupações: professores, lingüistas, clérigos, militares, missionários, arquitetos, engenheiros, projetistas, fotógrafos, e muitos outros profissionais de grande talento.

Para a decifração de sinais e escritos misteriosos eram necessários instrumentos lingüísticos, que só uns poucos lideres descobriram e sabiam usar mediante grande esforço. Todavia, as chaves principais para esta tarefa surgiram com a descoberta da pedra de Rosetta e da inscrição de Behistum.

Um dos engenheiros de Napoleão Bonaparte encontrou a pedra de Rosetta em Rosetta, Egito, próximo da desembocadura do braço ocidental do Nilo. Esta pedra era um pilar de granito negro, ovalado na parte superior, uma laje de 114 centímetros de altura, 71 de largura e 28 de espessura. Em sua superfície havia palavras escritas em três línguas faladas pelos antepassados do vale do Nilo. Uma era o grego, mas as outras duas eram desconhecidas. Embora muitos homens tenham se esforçado para ler estas duas línguas, isto só foi conseguido por um brilhante jovem francês, Jean Champollion, que dedicou sua vida a decifrar estes grandes mistérios. Seu irmão mais velho financiou seu trabalho durante vinte e três anos enquanto ele tentava decifrar o conteúdo da pedra. Finalmente, em 1822, Champollion publicou traduções completas da inscrição trilingüe, colocando lado a lado o demótico e o hieroglífico com o grego, e comprovou assim que a pedra de Rosetta estava escrita em três línguas, usadas pelos faraós, e com as quais os arqueólogos do futuro descobririam inumeráveis tesouros históricos e literários do vale do Nilo, desconhecidos até aquela data.

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