Abraão, pastor nômade antepassado de todos os hebreus, chegou a Canaã por volta de 1800 a.C. Ele e a família levaram os rebanhos pelos caminhos tradicionais de pastoreio entre a Mesopotâmia e o Egito. As alianças que Deus estabeleceu com Abraão são extremamente Importantes, mesmo na época atual, pois formam a base das reivindicações hebraicas à Palestina, a Terra Santa, estendendo-se desde a fronteira egípcia até a Síria e da costa mediterrânea até a orla oriental do vale do Jordão e o mar Morto.

As histórias sobre Abraão e seus descendentes diretos também relaciona os hebreus com os antigos santuários cananeus, que mais tarde se tornaram centro da religião hebraica. Até mesmo Jerusalém é mencionada, sob o nome cananeu de Salem, quando seu rei trouxe presentes a Abraão. A cidade só se tornou a capital dos hebreus quando Davi a conquistou oitocentos anos mais tarde.
Os cananeus eram lavradores que cultivavam as férteis terras agrícolas próximas de suas povoações, enquanto os pastores hebreus mantinham-se nas esparsas áreas de pastagem, longe das *"**"*cidades*"**"*. Não havia, portanto, nenhuma rivalidade direta entre os hebreus nômades e os cananeus, nessa época.

O grande arco de terras férteis, estendendo-se do delta do Nilo, no Baixo Egito, para o norte através da Palestina e dai para o sul e o leste até o golfo Pérsico. a intrínseca fertilidade do solo da palestina e sua localização na faixa mais estreita do crescente fértil significavam que era altamente valorizada pelos povos agricultores fosse eles nômades ou sedentários e a transformavam em um ponto de importância estratégica para os poderes locais.
O grande arco de terras férteis, estendendo-se do delta do Nilo, no Baixo Egito, para o norte através da Palestina e dai para o sul e o leste até o golfo Pérsico. a intrínseca fertilidade do solo da palestina e sua localização na faixa mais estreita do crescente fértil significavam que era altamente valorizada pelos povos agricultores fosse eles nômades ou sedentários e a transformavam em um ponto de importância estratégica para os poderes locais.



A emigração para o Egito


O Egito exercia um controle geral sobre a região, principalmente depois de 1640 a.C., quando o norte do país foi conquistado por governantes estrangeiros, os hicsos, parentes distantes dos hebreus. Os reis hicsos governavam a partir de Tânis e Avaris na região do delta do Egito, onde o rio Nilo desdobra-se
em muitos canais, desembocando no mar. Os egípcios mantinham o controle do Alto Egito, ao sul do deIta, que governavam de Tebas.

Esse é o cenário para os capítulos finais do Gênesis, que descrevem a migração dos pastores hebreus para o Egito durante uma extrema escassez de alimentos. A principal personagem hebréia é José, que fora vendido como escravo por seus irmãos e levado ao Egito, onde prosperou e se casou com a filha do sumo sacerdote da cidade de On (Heliópolis).

Situada entre Tânis e Avaris, On era um centro importante. O sumo sacerdote de On possuía o título de Maior dos Videntes e o de Filho do Corpo do Rei. Sendo ele mesmo um vidente e genro do sumo sacerdote, José obteve alta posição na corte real egípcia, onde poderia assegurar que seus irmãos hebreus fossem bem acolhidos no Egito.

Os hebreus se estabeleceram em Gessém na parte oriental do delta do Nilo, onde podiam fugir da estiagem prolongada em suas tradicionais áreas de pastoreio. Todavia, sua sorte mudaria após os egípcios expulsarem (desalojarem) os soberanos hicsos um século mais tarde.



Os Egípcios No Egito mesmo praticamente não chove. O rio Nilo recebe as águas dos planaltos da Etiópia e das florestas de chuva tropical da África central. Portanto, o Egito podia produzir colheitas seguras, mesmo quando toda a região mediterrânea oriental estava assolada pela seca. Isso era conseguido controlando-se as inundações de verão do Nilo e usando canais para



Abaixo O rio Eufrates. um dos grandes rios da mundo antigo. Quando os hebreus chegaram lã, a utilização da Euf rales para a irrigação eslava mais adianíada na Mesopotâmia do que hoje.

Irrigar as plantações quando o nível do rio baixava novamente no outono.

Os governantes egípcios também achavam difícil manter controle sobre o país todo, por causa do contraste entre as vastas terras do deita onde o Nilo desembocava no mar e a estreita faixa de terra fértil com mil quih5metros de comprimento, em ambas as margens do rio, desde a primeira catarata até o deita. Durante as mudanças na política egípcia, o poder deslocava-se entre o Baixo Egito (a região do delta) e o Alto Egito, entre Ménfis e Tebas à medida que diferentes grupos conseguiam o controle e fundavam dinastias.

O rei egípcio (o faraó) era, ele próprio, um deus e representante dos deuses na terra, mas sua autoridade era continuamente enfraqueci da pelos sacerdotes poderosos, embora estes ser vissem aos deuses como representantes do rei. O país era administrado com uma burocracia muito bem organizada, dirigida por sacerdotes. O verdadeiro poder do rei estava no exército que era uma força ágil e eficiente, dividida em unidades de infantaria com duzentos e cinqüenta homens, apoiados por carros leves de batalha.

Cada distrito administrativo tinha eu próprio tribunal de justiça, presidido por um funcionário do governo central. Como o Egito era governado por um ditador divino, não havia um código de leis, mas eram mantidos registros e as decisões eram influenciadas pelas precedentes.

A religião egípcia disciplinava todos os aspectos da vida e da morte do povo. Os túmulos egípcios eram profusamente guarnecidos com tudo de que os mortos fossem precisar durante a viagem pela região dos mortos a caminho do julgamento: ferramentas, mobília, ar mas, comida e até casas, verdadeiras ou em modelos de argila. Alguns dos túmulos reais, as pirâmides, já tinham quinze séculos quando Abraão chegou ao Egito.

O país cultivava grande variedade de plantações: trigo para o pão, cevada para a cerveja, forragem para o gado, tâmaras, frutas cítricas e vegetais para comer e fabricar óleo. Plantava-se o linho para a fabricação dos famosos tecidos egípcios e a cana do papiro para o papel. Fardos de papiro eram amarrados e

Acima: a irrigação transforma o deserto árido em um jardim praticamente lodo a sistema agrícola do Egito dependia das águas do ria Nilo

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