Para aceitar a existência de Inácio, tem que se acreditar na Igreja Católica. Os fundamentos de Inácio de Antioquia existem apenas fundadas nesta Igreja.

É dito que Inácio é Apóstolo de João, mas João não cita Inácio em seus livros. Diz que Inácio foi sucessor de Pedro na Igreja de Antioquia, mas não existe relato bíblico de que Pedro era bispo de Antioquia.

As escrituras citam os mestres de Antioquia.

Act 13:1 Ora, na igreja em Antioquia havia profetas e mestres, a saber: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes o tetrarca, e Saulo.

Mas não diz que Inácio era um mestre ou profeta. Deparando que ou ele não existia, ou não era mestre. Principalmente se fosse sucessor de Pedro, ou apóstolo de João.

Fica portanto duvidoso determinar os relatos de Inácio como provas verificáveis arqueologicamente. Restando apenas a idéia da tradição da Igreja Católica.

A referência de Inácio pode ser vista nas citações de  Eusébio de Cesareia e Orígenes, que divergem sobre a história de Inácio.

Os documentos de Inácio são citados no Codex Hierosolymitanus (também chamado de Manuscrito de Bryennios ou Códice de Jerusalém), geralmente chamado apenas de "H". Mas tal documento é de um manuscrito grego do século XI d.C.]

Foi descoberto por Philotheos Bryennios, o metropolita da Nicomédia, em 1873 na biblioteca do metóquio[a] da Igreja do Santo Sepulcro em Constantinopla.

Sua base arqueológica é determinada apenas pela tradição da Igreja e não por conceitos arqueológicos extensos como ocorre com a bíblia. A utilização do Codex Hierosolymitanus, como norma histórica é extremamente duvidosa, pois sua existência pode representar apenas uma criação da Igreja em tempos bem posteriores.

Tal Inácio fundamenta o sistema do Papado quando cita.

"while your bishop presides in the place of God, and your presbyters in the place of the assembly of the apostles, epistle to the magnesians 6" {enquanto o bispo preside no lugar de Deus, e os vossos presbíteros no lugar da assembléia dos apóstolos}.

O NT não define a possibilidade de que alguém possa presidir no lugar de Deus.

O documentos enfocam que o homem não possa gerar consciência da palavra de Deus diretamente com Cristo e o Pai, sendo obrigado a obedecer a Igreja.

"As therefore the Lord did nothing without the Father, being united to Him, neither by Himself nor by the apostles, so neither do ye anything without the bishop and presbyters. epistle to the magnesians 7" {Como, pois, o Senhor não fez nada sem o Pai, sendo unidos a Ele, nem por si mesmo, nem pelos apóstolos, por isso nem façais nada sem o bispo e os presbíteros.}

"Be ye subject to the bishop, and to one another, as Jesus Christ to the Father, epistle to the magnesians 13" {Sede sujeito ao bispo, e uns aos outros, como Jesus Cristo ao Pai,}

Give ye heed to the bishop, that God also may give heed to you. My soul be for theirs(9) that are submissive to the bishop,{Dê Guardai-vos ao bispo, que Deus também pode dar ouvidos a você. Minha alma é pelos seus que são submissos ao bispo,} Epistle for Policarp 6

A inclusão da forma de semelhança em que o homem deva estar sujeito ao bispo igual a Cristo ao Pai, é totalmente fora da ideologia bíblica em que o homem deva estar sujeito a Cristo, e Cristo ao Pai, incluindo portanto uma sujeição comparativa totalmente contrário ao do NT.

A obra de Inácio esta ligada a elevação do Bispo a qualidade de Cristo, e a obediência ao bispo a obediência ao Pai. As bases fundamentadas da ordem Papal, e da forma igualitária do Papa ao "Vicarius Filii Dei"{Vigário filho de Deus} esta nas obras de Inácio, e totalmente sem fundamento nos escritos bíblicos. Sua obra tange a elevação do bispo e da obediência a igreja, independente da consciência pessoal. Definindo que a Igreja sabe o que é de fato correto e o que é errado. Vinculando que o homem só pode compreender a Cristo e a Deus através da Igreja.

Tais textos não fundamentam um conceito arqueológico e fidedigno. E sim um fundamento de elevar o Bispo a qualidade de Deus, e a autoridade de igreja sobre a consciência do homem. Tal fator não demonstra o modo dos apóstolos e nem baseia-se no fundamento bíblico.

Assim utilizar Inácio como base documental é extremamente duvidoso, pois gerencia uma classificação do Bispo e da Igreja extremamente divina. Além de não existir provas arqueológicas da real existência de Inácio, e seu nascimento. Não se pode basear análises históricas por seus documentos. Se realmente tal personagem existiu.

 

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