ORAÇíO

Todo sacrifí­cio oferecido era na realidade uma oração a Deus por auxí­lio. Como no caso da oferta pelo pecado e pela transgressão, poderia ser um pedido de perdão. Ou seria uma oração de ações de graças e louvor, como na oferta pací­fica. Poderia ser ainda de consagração, como na oferta de manjares. Talvez fosse de ações de graças por um livramento especial ou por alguma coisa muito desejada como no caso de oferta por voto, ou voluntária. Ou talvez Deus houvesse curado a pessoa de uma enfermidade, ou uma senhora tivesse sido feliz por ocasião do nascimento de um filho, ou se houvesse operado qualquer grande livramento. Todas as ocasiões dessa natureza, requeriam especial ação de graças e louvor, e uma oferta adequada.

Em seu mais elevado sentido, orar é entreter comunhão. Convém acentuar isto, porque, para muitos cristãos, a oração é meramente uma meio de obter alguma coisa de Deus. Sentem sua falta a certos respeitos. Que meio haverá mais fácil do que pedir a Deus aquilo de que necessitamos? Não prometeu Ele suprir aquilo que nos falta? Em resultado desta maneira de pensar, muitas orações consistem na maior parte em pedidos, alguns de coisas boas, outros não tanto, alguns positivamente nocivos, outros de impossí­vel satisfação. Para tais pessoas, Deus é a grande origem de suprimento, o grande doador, e inexaurí­vel fonte de dádivas. Tudo quanto precisam fazer, é pedir, e Ele cuidará do resto. Aquilatam seu cristianismo pelas orações atendidas, e não as julgam eficazes quando a petição lhes é negada. Suas orações tomam na maior parte, a forma de uma petição. Estão continuamente pedindo alguma coisa, e acreditam que Deus os atende, ou deveria atender. Qual o filho pródigo, oram: "Pai, dá-me". Lucas 15:12.

Inegavelmente as orações em forma de pedido, são legí­timas. Necessitaremos sempre de pedir a Deus as coisas que desejamos.

 

Convém notar, entretanto, que as preces de petições não se devem tornar a forma predominante. As de louvor, ações de graças e adoração devem ter sempre a predominância. Submissão à vontade de Deus, completa dedicação a Ele, e inteira consagração, deveriam indicar a forma conveniente nas orações. Quando estas se mudarem de um esforço por levar o Senhor a fazer o que queremos para um intenso desejo de verificar o que Deus quer, deixarão de ser meros pedidos de coisas, e solicitações para que Ele responda imediatamente nossas súplicas na maneira justa por que desejamos.

Efetivamente, seria melhor para a maioria de nós deixar por completo de pedir por algum tempo, consagrando todo o esforço naquilo que Deus quer que tenhamos ou sejamos. Descobrindo-o, achamo-nos em terreno firme. Então podemos pedir ao Senhor confiantes de que Sua vontade será cumprida. O grande problema diante de nós, é descobrir a vontade de Deus, e em seguida examinar o próprio coração para certificar-nos se queremos na verdade fazer do Seu o nosso querer.

Disse alguém que as orações são um esforço, por parte do solicitante, para fazer o Senhor mudar de idéia. Muitos não estão fazendo nenhum esforço para verificar o que Ele quer, não obstante, estão bem certos do que querem eles próprios. De fato, sua oração é: "Que Tua vontade se mude", e não: "Seja feita a Tua vontade". Estão lutando com Deus. Agonizam em oração. Pedem ao Senhor aquilo que julgam deveria ser feito. Não lhes ocorre que a primeira coisa a apurar, é: Quererá Deus em realidade que eu tenha isto que tanto desejo? Será para meu bem? é isto a vontade de Deus? Terá chegado o tempo de se realizar? Não haverá qualquer coisa que devo fazer antes? Estou eu disposto a tudo submeter a Deus, de maneira que, se me não conceder o que desejo, fique satisfeito e Lhe dê graças por aquilo que me der; ou estarei antes mais intentado em conseguir o que quero do que em saber qual seja Sua vontade?

Convém enumerar algumas coisas que a oração não é. Não é um substituto do trabalho. O cristão que se acha diante de um problema de difí­cil solução, tem o direito de pedir a Deus auxí­lio e esperar que o atenda. Isto, porém, não o exime de árduo e fatigante labor.

 

Deus avigorará o intelecto, robustecerá a mente; mas não aceitará a oração como substituto ao esforço mental, nem dará aqueles que são simplesmente negligentes. Os que tem capacidade mental, de aprender a tabuada de multiplicação e têm ensejo de faze-lo, não devem esquivar-se ao esforço necessário, confiando em que, por meio da oração, Deus fará por eles aquilo que tornará desnecessário qualquer esforço mental. Na maioria dos casos, o trabalho e a oração andam juntos. Nem uma nem outra coisa são por si mesma suficientes.

O objetivo da oração não é apenas levar a Deus a fazer aquilo que queremos. Alguns aplicam métodos mundanos e têm mundana filosofia em suas orações. Aprenderam que, no que respeita ao mundo, quem quer conseguir alguma coisa "vai em sua procura", e assim, tomam como certo que, para alcançar alguma coisa do Senhor, têm de procurá-la. Agem como se Deus não tivesse boa vontade de lhes conceder as petições sem uma porção de lisonjas, e parecem crer que pela persistência e pela adulação, podem tirar de Deus aquilo que, de outro modo, não lhes concederia. Tomam a viúva importuna como exemplo, parecendo não compreender que essa parábola é dada para mostrar que Ele não é como aquele juiz. Pessoa alguma poderá obter do Senhor o que deseja só por importuná-Lo continuamente. é preciso acentuar que Ele não Se assemelha ao injusto juiz. é um pai, mais desejoso de dar boas dádivas a Seus filhos, do que estes de recebe-las. Adular, lisonjear, acariciar, aborrecer, importunar, mera persistência, não aproveitam nada para com Deus.

Não deve, entretanto, predominar a idéia de que não haja o que se chama lutar em oração, e que só precisamos mencionar a Deus de uma vez por todas aquilo que queremos, vindo imediatamente a resposta. A oração não é de maneira alguma tão simples. Não, importa angustiar-se e prevalecer na oração, ir ao fundo das coisas e não sossegar enquanto não se mudarem as mesmas coisas e as vidas. Jesus orava noites inteiras; Jacó lutou com o anjo; Daniel buscava o Senhor com orações e jejuns; Paulo procurava e tornava a procurar ao Senhor. Nós não necessitamos menos orações, antes mais. E precisamos aprender a faze-las com fé. Aí­ está talvez o ponto vital.

 

A oração não é um monólogo. Será um audí­vel ou um silencioso desejo da alma. Em qualquer dos casos, a oração ideal é comunhão. Alguns oram longamente, informando a Deus de coisas de que Ele já tem conhecimento. Chamando-Lhe a atenção para muitas coisas que necessitam reparo. Parecem julgar que o Senhor esteja em risco de esquecer outras que precisam ser feitas, e suas preces parecem destinar-se a lembrar a Deus o que Ele deve fazer. Havendo-Lhe chamado a atenção para as necessidades do mundo, tal como as vêem eles próprios, sentem haver cumprido o dever. "Disseram suas orações" e informaram a Deus das próprias necessidades e das dos outros e, com um "Amém", finda sua "conversação". Foi simplesmente um monólogo. Esperam que o Senhor Se sirva judiciosamente das informações que Lhe forneceram, e faça qualquer coisa com respeito aos assuntos por que oraram.

Muitos consideram a oração uma comunicação de um só lado " o homem falando a Deus. Todavia não é esta a mais elevada forma de oração; pois, como foi declarado acima, a maneira ideal de orar, é comunhão. Na verdade oração, Deus fala à alma, da mesma maneira que o homem Lhe fala a Ele. A verdadeira amizade não perdura muito onde um apenas se exprime. Muitas vezes, em nossa orações somos nós que falamos todo o tempo, e esperamos que Deus Se ponha unicamente a escutar. E não obstante, não será possí­vel que o Senhor gostasse de comunicar-Se conosco, da mesma maneira que nós com Ele? Isto faz com freqüência trazendo-nos à lembrança certas passagens da Escritura. Seria demais crer que, havendo feito uma oração que acreditamos ter sido ouvida pelo Senhor no céu, Ele deseje dizer-nos uma palavra? é possí­vel que, depois de havermos proferido o "Amém", Deus esteja justamente disposto a Se comunicar conosco, mas erguemo-nos, e não Lhe damos ensejo de falar? Penduramos o fone, por assim dizer. "Desligamos". Poder-se-á conceber que o verdadeiro cristão esteja sempre falando com o Senhor, e Ele não tenha para ele nenhuma mensagem/ Deve ser penoso para Deus ser excluí­do mesmo no momento em que está pronto a comunicar-Se conosco. Parece que, acontecendo isto por diversas vezes, chegará à conclusão de que não estamos muito ansiosos de entreter com Ele comunhão. Simplesmente "dizemos" nossas orações, e, terminando, afastamo-nos.

 

Não há dúvida de que tais orações não podem ser tudo quanto o Senhor entende por "comunhão".

Acentuemos " prece é comunhão. é mais que uma conversa; é intimo companheirismo. é uma troca de ponto de vista e de idéias. Pressupõe amistoso entendimento e confiança. Nem sempre necessita ser acompanhada de palavras. O silêncio pode ser mais eloqüente que torrentes de oratória. é mais uma espécie de amizade baseada em tranqüila confiança e certeza, desacompanhada de demonstrações e arrebatamentos espetaculares.

A meditação é um elemento vital da oração. Poder-se-ia talvez dizer que é sua melhor parte. No entanto, é por demais negligenciada. Apresentamo-nos diante de Deus, fazemo-Lhe nossas petições e partimos. Da próxima vez, fazemos o mesmo. Mantemos o Senhor informado quanto o nosso estado, contamos-Lhe certas coisas que requerem atenção e, havendo assim aliviado a alma, encerramos a entrevista. Isto se repete dia após dia; não se pode, no entanto, dizer que seja uma experiência satisfatória. Não haverá algo melhor? Haverá por certo...

Os salmos, especialmente os de Davi, exprimem as profundezas do sentir cristão. Davi passou por algumas experiências dessas que dilaceram a alma. Fugiu certa vez para o deserto, por causa de Saul. Ali escreveu ele o salmo sessenta e três. é o grito de uma alma que anela a Deus, um mais profundo conhecimento a Seu respeito, mais perfeita relação para com Ele, especialmente em oração. Davi evidentemente não se achava satisfeito com sua maneira de orar. Deus parecia distante. Não respondia. O salmista parecia experimentar o sentimento de não se dirigir a ninguém, em uma sala vazia. Todavia almejava a Deus. Sua alma tinha sede do Deus vivo. Não haveria um meio por que se pusesse em verdadeira comunhão com Ele?

Davi encontrou depois o meio. Ficou satisfeito. Aprendeu a significação e o método reais de orar. Exprime-o ele nos versí­culos 5 e 6 do referido salmo: "A minha alma se fartará, como de tutano e de gordura; e a minha boca Te louvará com alegres lábios, quando me lembrar de Ti na minha cama, e meditar em Ti nas vigí­lias da noite".

 

Notai as palavras: "Minha alma se fartará... quando me lembrar de Ti na minha cama, e meditar em Ti". Davi orava antes. Depois, ao orar acrescentou a meditação, e diz que, ao fazer isto, sua "alma se fartará". Para ele era como "tutano e gordura", e louva a Deus "com alegres lábios". Afinal sua alma fica satisfeita.

Esse relato é de grande valor. Muitas almas, como Davi, clamam pelo Deus vivo. Não se satisfazem. Acreditam que deve haver algo melhor do que experimentam. Oram, e oram, e oram, e todavia ainda o Senhor parece distante. Não Se manifesta. Uma vez, de tempos a tempos, fluem um vislumbre dEle, e logo lhes foge. Haverá reservada alguma coisa melhor, ou será isto tudo quanto lhes oferecem o cristianismo e a oração? Deve haver algo melhor. E Davi o encontrou.

"Minha alma se fartará". Que maravilhoso, satisfazer a fome da alma! E esta possibilidade se pode transformar em realidade! Davi indica o caminho ao dizer que a podemos obter, lembrando-nos de Deus e meditando. A maioria dos cristãos se lembram de Deus. Oram. Pode-se na verdade dizer, e com razão, que é impossí­vel ser alguém filho de Deus e não orar. Não muitos, todavia, são experientes na arte da meditação. Oram, mas não meditam. E uma coisa é tão importante como a outra. Foi quanto Davi acrescentou a meditação à oração, que lhe foi dado dizer afinal que sua alma estava satisfeita. Talvez tenhamos a mesma experiência.

Poucos cristãos meditam. São demasiados ocupados. Suas ocupações exigem por demais deles. Precipitam-se de uma para outra coisa, e pouco tempo lhes resta para se aconselharem consigo mesmos ou com Deus. Há tanta coisa por fazer! A menos que distendam cada nervo e se ocupem a cada momento, estão certos que almas se vão perder. Não há tempo para se sentarem aos pés do Mestre enquanto o mundo está perecendo. Precisam estar apostos e ativos. A atividade, eis sua divisa. Aliás, são sinceros e conscienciosos.

Ainda assim, quanto se perde, para eles próprios e para o mundo, por falta de meditação! Alma alguma pode ir precipitadamente à presença de Deus e dela se retirar, e esperar entreter comunhão com Ele. A paz que excede todo o entendimento, não habita em um coração desassossegado. "Tempo para ser santo tu deves tomar", é mais que um mero sentimento.

 

Exige tempo o comunicar-se com Deus, o ser santo. "Perturbai-vos e não pequeis: falai com o vosso coração sobre a vossa cama e calai-vos". Salmo 4:4. A última declaração requer ênfase especial. "Calai-vos". Somos muitos desassossegados. Precisamos aprender a quietude para com Deus. Necessitamos calar-nos.

"Espera silenciosa somente em Deus, ó minha alma". Salmo 62:5 (Trad. Bras.). Que estas palavras penetrem profundamente em cada consciência. "Minha alma". Isto se dirige a todo cristão. "Espera silenciosamente somente em Deus". Envolve uma ordem e também uma promessa. Espera silenciosa. Espera silenciosa em Deus. Espera (tu) silenciosa em Deus. Espera silenciosa somente em Deus. E aquele que espera silenciosamente somente em Deus, a Seu convite, não será decepcionado. Ficará satisfeito.

Que admirável convite não encerra esta declaração! Oraste, vazaste tua alma perante Aquele que, unicamente, é capaz de compreender. Não digas "Amém" e te retires. Dá a Deus um ensejo. Espera-O. Espera em silêncio. Espera-O somente a Ele. E no silêncio da alma talvez Deus fale. Ele te convidou a esperar. Que toda a tua alma atente para Ele. Espera nEle unicamente. Talvez o Senhor, por meio da vozinha mansa e delicada, se manifeste. Espera silencioso em Deus.

Para alguns cristãos, isto não é uma nova doutrina. Sabem o que é comungar com Deus. Tem fluido preciosos perí­odos a sós com Ele. Tem aprendido a esperar em silêncio. E preciosas foram as revelações a eles feitas.

Para outros, no entanto, isto talvez seja uma coisa nova. Aprenderam a orar, mas não aprenderam a esperar silenciosamente em Deus. A meditação, como parte da oração, não lhes tem sido de importância. Sua concepção de prece é a de certa forma de palavras reverentemente dirigidas ao Pai do céu. Com seu "Amém", finda a comunhão. E assim talvez seja na verdade, embora assim não o pretenda o Senhor. O "Amém" significará o fim das palavras do homem, não, porém, a conclusão da entrevista. Deus nos convida a esperar em silêncio. Talvez deseje falar, talvez não deseje. Seja como for, cumpre-nos esperar. E, enquanto esperamos, é possí­vel que Ele ache oportuno levar imediatamente a convicção ao nosso espí­rito.

 

Muitos se inclinam a falar demasiado. Temos todo tipo de experiência com pessoas que vêem declaradamente em busca de conselho, mas que, na verdade, vêem apenas apresentar seus pontos de vista. Parecem ansiosos pela entrevista, e entretanto mal oferecem ensejo para qualquer conselho, uma vez que ocupam eles próprios o tempo todo, e parecem satisfeitos ao terminarem a apresentação do caso. Quando se mostra qualquer assentimento ao seu modo de ver, ficam contentes. Tem-se nitidamente a impressão de que não vieram em busca de conselhos, mas para fazer comunicações.

O mesmo se dá com freqüência quanto a oração. A parte mais importante não é falarmos nos a Deus, mas antes que Ele nos fale a nos. é certo que o Senhor gosta que oremos. Nossas orações soam Lhe qual música. Não o fatigamos. Ainda assim, não seria bom que proporcionássemos ao Senhor ocasião de comunicar-Se conosco? Não seria conveniente uma atitude de ouvir? Não nos conviria fazer exatamente o que nos é aconselhado: esperar em silêncio somente em Deus? Certo, Ele nos não deixará esperar em vão. Quem não experimentou o tremendo poder dos poucos momentos de silêncio após a benção? Quem não sentiu a presença de Deus na quietude do santuário? Bom nos seria explorar o poder do domí­nio do silêncio. Deus ali está.

Sempre existe perigo de cairmos nos extremos. Pessoas há que rejeitam ou menosprezam as instruções dadas na Bí­blia, e dependem unicamente de impressões. Tais pessoas encontram-se em grande risco. Acreditamos que o Senhor guiará os que estão dispostos a ser guiados, mas cremos também que essa guia será sempre em harmonia com a vontade revelada de Deus, não contradizendo de modo algum a palavra escrita. Maravilhoso como seja o privilégio de comunicar com Deus, bem como o da meditação, há perigo de os empregar mal. Os jovens cristãos especialmente, devem estar em guarda. Unicamente a longa experiência nas coisas de cima, cimentada por uma vida de obediência à vontade do Senhor, habilita uma pessoa a discernir os processos da mente. Satanás está sempre perto para sugerir seus próprios pensamentos, e é mister discernimento espiritual para reconhecer, a voz que fala.

 

Isto não deveria fazer todavia com que mesmo os cristãos novos omitissem a meditação. Longe disto. Deus está sempre ao lado para valer e guiar, e podemos crer que a silenciosa hora com Ele passada produzirá amplos resultados para o reino. Estamos apenas dando uma advertência aos que se sintam inclinados a seguir a voz que fala à alma, negligenciando aquela que fala por meio da Palavra.

No santuário outrora, uniam-se o sacrifí­cio e a oração. O sacrifí­cio representava a tristeza pelo pecado, o arrependimento, a confissão, a reparação. Quando o cordeiro era colocado sobre o altar, em figura, era o arrependido pecador que sobre ele se punha a si mesmo com tudo quanto tinha. Isto significava sua aceitação da justiça da lei que exigia a vida, simbolizava sua consagração a Deus. Sem essa atitude, o sacrifí­cio de um cordeiro não passava de uma zombaria. Da mesma maneira nossas orações poderão ser mero escárnio, a não ser que partam de um coração sincero, que se abstém do pecado, consagrando-se inteiramente a Deus. A oração deve ter como base e fundo a sinceridade. Deve assentar no arrependimento e na piedosa tristeza pelo pecado. Estes se evidenciam pela confissão e o restituir ou reparar. Uma prece assim feita não permanecerá desatendida. Deus é fiel a Sua palavra.

 

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