A igreja católica romana constitui uma tentativa de restabelecimento da velha teocracia de Israel, com o ritual do santuário que a acompanhava. A igreja católica adotou do judaí­smo a parte principal do ritual, juntamente com alguns cerimoniais do paganismo. Possui um estabelecido ritual do santuário, com seus sacerdotes, sumo-sacerdotes, levitas, cantores e mestres. Possui um serviço de sacrifí­cios, culminando na missa, com o ritual que a acompanha e a oferta de incenso. Tem os seus dias de festas, segundo o molde de costume israelita. Tem os seus cí­rios, seu altar do incenso, sua mesa com o pão e seu altar mor. Em evidência está a pia com a água benta; observa-se a missa diária. é quase completo o paralelo entre a antiga religião israelita e a católica romana.

Tudo isso não seria muito importante, não fosse o fato de constituir uma tentativa de obscurecer a verdadeira obra de Cristo no santuário celestial.

Terminado o perí­odo do Velho Testamento, quando Cristo começou Sua obra no santuário celestial, era intento de Deus que os serviços do santuário na terra cessassem. Rasgou-se de alto a baixo o véu do templo - e posteriormente foi destruí­do o templo todo - significando a cessação do ritual na terra e a inauguração do serviço no céu. Cristo entrou num templo não feito por mãos. Entrou no próprio céu, para ali ministrar em nosso favor. Os homens são convidados a irem ter com Ele, levando-Lhe os seus pecados e recebendo perdão. O ritual do tabernáculo terrestre preparou os homens a olharem para o verdadeiro santuário no céu. Chegara o tempo para se fazer a transferência.

A igreja católica não compreende absolutamente nem aprecia a obra de nosso sumo-sacerdote, no céu. Não compreende que o ritual do santuário terrestre não deveria prevalecer. Restabeleceu as velhas cerimônias e crenças, tentando levar os homens à prática de um ritual caduco. E, em grande parte, teve êxito. "Toda a terra se maravilhou após a besta". Apoc. 13:3.

Isso, como se disse, tendeu a obscurecer a obra de Cristo. Os homens perderam o conhecimento do santuário celestial e da obra de Cristo ali. Sua atenção foi chamada para a obra rival de Seu pretenso vigário na terra. Enquanto Cristo, no céu, perdoa os pecados, o sacerdote na terra alega fazer a mesma coisa. Enquanto Cristo intercede pelo pecador, o sacerdote faz o mesmo. E as condições impostas pelo sacerdote para receber-se o perdão dos pecados, são muito mais fáceis do que as de Cristo. Os homens se esqueceram por completo de que há um santuário no céu. Essa verdade foi lançada por terra. Transcorreram os séculos sucessivos, e a igreja conservou os homens em completa ignorância quanto a importantí­ssima obra que se processa no céu, ao mesmo tempo que exaltava o que ela tinha a oferecer, mercadejando com o que há de mais sagrado.

O papado tornou-se, assim, verdadeiramente um competidor, um rival de Cristo. Tentou expulsa-Lo do espí­rito dos homens, no que teve êxito notável. é tarefa da igreja, designada por Deus, chamar a atenção para Cristo e a verdade. é o único instrumento que Deus tem para instruir os homens. Quando Cristo subiu ao alto para iniciar Seu ministério no santuário celestial, tornou-se dever e privilégio da igreja proclamar essas novas até aos confins do mundo. Daí­ por diante não mais haveria sacrifí­cios na terra. Isso cabia à velha dispensação. Cessara também o sacerdócio leví­tico. Rasgou-se o véu, abrindo-se ao homem novo e vivo caminho. Os homens tiveram livre acesso a Deus, podendo apresentar-se com ousadia ante o trono da graça, sem intercessor humano. Todo o povo de Deus se tornara sacerdote real, não devendo daí­ por diante homem algum colocar-se entre uma alma e seu Criador. Abriu-se a todos o acesso a Deus.

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