Deus possuía conhecimento dos eventos futuros, antes mesmo da criação do mundo. Ele não adaptou Seus propósitos para que estes se amoldassem às circunstâncias, mas permitiu que as coisas se desenvolvessem. Não agiu para que certas condições surgissem, mas sabia que elas ocorreriam. O plano que se colocaria em ação no caso de se rebelar alguma das elevadas inteligências celestiais - este era o segredo, o mistério oculto desde as eras passadas. Um oferecimento foi preparado pelos eternos propósitos, para realizar o próprio trabalho que Deus empreendeu em favor da humanidade caída. Signs of the Times, 25 de março de 1897.

Suponhamos que desejássemos criar pessoas conscientes e que tais deveriam poder evoluir em seus conhecimentos. Vamos dizer portanto, que criamos um indivíduo consciente e que não conhecesse nada de ruim, só conhecesse o que é correto.

Com o decorrer dos anos tal indivíduo expandiria seus conhecimentos, e continuaria evoluindo. Mas um dia chegaria em sua mente capacitada a seguinte questão? Existe algo que não é o correto. Esta pergunta que o indivíduo fez não é um defeito na criação do indivíduo, mas sim o contrário. A sua capacidade de observação e análise dos dados lhe fizeram observar que é possível existir algo que não seja o correto.

Portanto a velocidade para alguém compreender que existe algo que não seja correto, em um lugar onde só exista coisas corretas é dependente da inteligência deste indivíduo. Ou seja um indivíduo mais inteligente descobriria mais rapidamente que outro menos inteligente, que existe o contrário das coisas que ele vê.

A lógica natural seria a seguinte.

Se existe a verdade, então deve existir a não verdade.

Mas vamos pensar se é possível não existir a não verdade. Então vamos dizer que nós iríamos criar um universo somente com a verdade, isso é possível?

Não isto é impossível, pois ao criarmos a verdade, automaticamente criamos a não verdade, que nada mais é que a negação da verdade. Não existe racionalmente falando, criar algo que não tenha uma negação daquilo que foi criado. Ou seja ao criamos a luz, a negação da luz é a falta da luz. Ao criar vida, a negação da vida é a morte, ou a não vida. Portanto é impossível criar o bem, sem automaticamente criarmos a negação do bem.

Portanto, um indivíduo consciente e inteligente em algum período da existência descobrirá que existe a negação daquilo que ele observa.

Então poderíamos construir na mente do indivíduo um sistema que ao chegar próximo ao conhecimento da negação de algo, tal sistema automaticamente apagasse o caminho que o fez chegar a idéia da negação do que existe.

Logicamente esse aparelhinho seria o não livre arbítrio. Pois toda vez que tal indivíduo pudesse escolher uma opção que eu não desejasse, tal escolha seria apagada. Se desejássemos que tais indivíduos tivessem o livre arbítrio então teríamos que deixar com que tais seres mais cedo ou mais tarde chegassem a compreensão de que existe a negação de tudo que eles conhecem.

Sabendo portanto que não tem como fazer indivíduos conscientes inteligente e com livre arbítrio, que não venha a descobrir que existe o mal, por que tal indivíduo possa escolher seguir a negação do que é bom, e outro possa escolher o que é bom.

Vamos imaginar que criamos dois indivíduos iguaiszinhos e colocamos um do lado do outro, agora já não são mais iguaiszinhos, pois um está a direita e outro está a esquerda. O que está a direita irá pensar como alguém que vê o mundo a direita, e o da esquerda verá o mundo da forma como alguém que vê a esquerda. Portanto suas escolhas a partir de agora serão favorecidas pela visão a direita, ou pela visão a esquerda, mesmo ambos terem sido criados iguaiszinhos.

Para que tais fossem iguais seria necessário criá-los no mesmo lugar, logo não seriam mais duas pessoas seriam apenas uma.

Portanto também é impossível criar pessoas iguais, que não sejam a mesma pessoa.

O livre arbítrio é vinculado ao direito de escolha, mas existe limitantes para esta escolha. Por exemplo.

Ao criarmos os dois indivíduos um a direita e outro a esquerda, aquele que vê a direita pode gostar de estar a direita, mas o da esquerda pode desejar ter sido criado a direita. Neste caso o indivíduo da esquerda não teve o direito de escolha de ser o da direita. Mas como um indivíduo que não existe pode escolher como se existisse? E se novamente fizéssemos a vontade deste indivíduo que deseja ser criado a direita, logo novamente não teríamos mais dois indivíduos e apenas um.

Logo se decidíssemos criar mais que um indivíduo, então teríamos que aceitar a possibilidade de alguém não aceitar estar a direita, ou não aceitar estar a esquerda.

Portanto se desejássemos criar um universo contendo indivíduos conscientes inteligentes e com livre arbítrio, mais cedo ou mais tarde depararíamos com este problema. Ou não criaríamos nada. Optando por criar é inevitável as conseqüências desta criação.

Mas vamos agora voltar ao indivíduo da esquerda que queria estar a direita, tal indivíduo será contra o seu criador pois este não o criou a direita, lembre-se que os indivíduos foram criados iguais até que foram postos a direita e a esquerda, logo são o mesmo indivíduo mas o que está a esquerda não aceitou ser criado a esquerda, logo tal indivíduo foi criado a direita, portanto para aceitar a escolha do indivíduo a esquerda, devemos destruir o indivíduo a esquerda, pois ele já existe a direita.

Portanto cada indivíduo que aceitou a vontade do seu Criador de estar onde está, é um indivíduo que deve existir, e qualquer indivíduo que não aceitou de seu Criador, existir onde está, vontade deste indivíduo deve deixar de existir, pois tal já existe no local daquele que deseja estar onde está.

Nota que o indivíduo a esquerda quer ter a posição do criador para criá-lo a direita, mas se assim fosse seria necessário destruir o da direita para colocar o que esta a esquerda, logo não existe lógica de destruir o mesmo indivíduo que esta a direita que aceitou feliz o lugar que foi posto, portanto a lógica seria destruir o ser da esquerda.

Mas vamos supor que sabendo que o ser da esquerda não aceitaria estar a esquerda, imaginemos criar só o da direita, logo não haveria o da esquerda, mas agora imaginemos que o da direita veja o lugar a esquerda vago, e considere que se fosse criado a esquerda ele seria feliz? Logo o criador teria que criá-lo a esquerda. Mas agora tal olhasse a direita e visse o lugar vago e achasse que devesse ser criado a direita. Logo é necessário criar ambos para que o da direita observe o que é estar a esquerda, e o da esquerda o que é estar a direita. E aquele que não aceitasse o seu lugar, deveria ser apagado. Portanto ao criar um universo com seres conscientes, inteligentes, e com livre-arbítrio é obrigatório passar por tais caminhos.

Este portanto é o sistema mais básico da decisão da criação de dois indivíduos conscientes, inteligentes, e com livre arbítrio. Ao criarmos mais indivíduos as regras se tornam mais complexas, mas as conseqüências são as mesmas.

 

(parábola dos dois rapazes, um escolhe que deus não existe o outro escolhe que deus existe, o que deus existe utiliza a maior probabilidade de sua existência)

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