(apag)Cristianismo situação religiosa

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10 Situação religiosa. Para o cidadão comum, as fronteiras do império romano coincidiam com o mundo civilizado. Não tinham conhecimento das civilizações índia na ou chinesa, admiravam as grandes obras,e orgulhavam-se do seu império. A comum comunicação era facilitada pelas ótimas estradas e pelos navios. Uma língua comum, o grego, favorecia o intercâmbio cultural e a grande mescla de interesses religiosos, cujas fontes eram o judaísmo, outras religiões orientais, a religiosidade popular e o pensamento grego.
10.1 Judaísmo. O judaísmo, apesar da dominação política da Judéia.pelos estrangeiros, manteve quase sempre intactas as suas instituições religiosas. Um clero altamente organizado e politicamente influente controlava a vida religiosa e, principalmente através do sinédrio, conservava suas posições políticas. Em geral os judeus mantinham a esperança messiânica, mas estavam divididos em facções e em partidos, cujas motivações eram a maior ou menor fidelidade às convicções religiosas do passado ou a atuação mera mente política.
10.2 Os principais grupos eram o dos saduceuís e o dos fariseus. O primeiro, provavelmente fundado pelo sacerdotc Sadoc um século antes, apoiava-se nos políticos, mantendo boas relações com Roma. Embora seguissem estritamente a lei mosaica, a forte influência helênica que receberam fazia-os negar a vida futura e o messianismo. Os fariseus, ao contrário dos saduceus, eram populares e tinham mais preocupações religiosas do que políticas. Apareceram na época dos macabcus, ao redor do ano 130 a.C., e seu nome significa separados, em vista do esforço que faziam para manter a fé judaica fora de todo contacto com o paganismo. Criam na vida futura e erant ardorosos na sua esperança messiânica. Para os fariseus, no entanto, a religião se limitava á observância dc uma lei externa, o que era suficiente para se alcançarem recompensas, não sendo merecedores destas os não praticantes da lei.
1 0.3 Havia também pequenos grupos de vida mistica, reunidos em comunidades de fé e trabalho, dos quais certamente provem João Batista. Um dos mais importantes desses grupos era a comunidade de Qumrãn, à margem do mar Morto, sem dúvida vincula da aos essênios. Sua existência só veio a ser revelada pelos manuscritos do mar Morto, descobertos em 1948. Tais comunidades se consideraram a si mesmas como o remanescente fiel da história judaica. Guardavam a lei, mantinham rituais de purificação periódica, renovavam constantemente sua adesão á aliança com Deus e participavam de uma refeição sagrada de pão e vinho. Criam no estabelecimento próximo de um reino trazido por um novo profeta.
10.4 Os essênios, outro grúpo dc tipo monástico, deviam existir, segundo o historiador Flávio Josefo, desde o ano 150 a.C. Possuíam comunidades em várias vilas da Palestina e exerciam grande influência na vida judaica. Apoiavam os fariseus, contra os saduceus, embora diferissem dos primeiros por praticarem o celibato, rejeitarem o sacrifício de animais e negarem a ressurreição do corpo. Criam, porém, na imortalidade da alma no castigo ou recompensa futuros. Alguns estudiosos têm afirmado que tanto João Batista como Jesus pertenceram a comunidade dos essênios.
10.5 Sincretismo e religiosidade popular. Muitos outros cultos e seitas disputavam seguidores dentro do quadro geral de grandes expectativas religiosas. Entre os movimentos de maior êxito estavam os cultos orientais de mistério, de enorme popularidade, favorecidos pela vinda de escravos do Oriente, e adotados inclusive entre os soldados romanos de ocupação. Entre esses cultos destacavam-se: o de Isis e Serápis, do Egito; Cibele o Átis, da Síria; Mitras, da Pérsia. Essas religiões, entre elas mesmas e ao lado de outras expressões do próprio judaísmo, favoreceram um forte sincretismo, talvez o maior movimento de amálgama das diversas religiões que já apareceu na história, incluindo sínteses de criticas radicalmente opostas, conto, por exemplo, cultos totalmente naturalista como o Deus adorado por Israel (Dioníso Sabázio, da Frigia, e o Kyrios Sabaoth).
10.6 Entre o povo também era alto o grau de superstição. Todos os atos da vida, as profissões, as estações do ano e os acontecimentos mais importantes tinham os seus deuses, que futuramente apareceriam em forma modificada, como santos, na história da Igreja cristã e no seu calendário. Muitos pregadores se tornaram populares e freqüentemente abusavam das crenças do povo. Também os governadores criaram cultos do Estado e para si próprios. O culto da deusa Roma já era encontrado em Esmirna em 195 a.C. e no ano 29 a.C. Pérgamo tinha um templo dedicado a Roma e a Augusto.
10.7 Pensamento grego. A maior influencia exercida sobre as camadas mais cultas da população era, contudo, a do pensamento filosófico grego, que iria ter grande importância na posterior formação da teologia cristã. As "virtudes naturais" ensinadas por Sócrates, a idéia da imortalidade da alma (Platão), a fagulha divina, o lógos dc Aristóteles - foram algumas das influências que marca ram o pensamento cristão. Entre o estoicismo e o cristianismo houve mesmo alguns elementos comuns. A idéia de uma fonte universal e modeladora de tudo o que existe, uma alma inteligente que se expressava na razão humana - isto é, o próprio Deus dentro de cada um -, eram pontos que iriam refletir-se na formação da teologia cristã. Fílon, filósofo judeu de Alexandria, contemporâneo de Jesus, tentou refundir a fé judaica em Deus por meio de conceitos estóicos e platônicos, fornecendo outra fonte para a teologia dos Pais da Igreja.
10.8 Outras influências. A reconstrução do templo. se bem que renovasse um dos elementos mais atuantes da história do povo judeu, também sérvio como contraste para a informalidade a simplicidade do cristianismo primitivo e foi um das imagens que Jesus usou para afirmar a sua concepção sobre um novo relacionamento com o Deus de Israel. Também a tradução grega do Antigo testamento, a Septuaginta, ou outro estimulo ao pensamento da época, favoreceu a universalidade do cristianismo pelo uso que autores do Novo Testamento fizeram do seu texto ao comparar as doutrinas da "antiga" e da nova dispensação.

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