O ministério da Morte

VIEW:411 DATA:2020-03-20

O ministério da morte, parece algo tenebroso, mas a palavra de Deus diz que esse ministério foi grandioso.

Primeiro devemos entender o que é ministério. Ministério vem do termo grego (διακονία - diakonia). Que significa ensinar, mostrar, no sentido de ser didático, para que possa aprender. Assim ministério da morte, envolve o aprendizado através da morte. Muitas pessoas questionam, do por que matar cordeiro, matar bois, bodes, e outros animais. Pois aqui está a explicação, o ministério da morte, ensina o homem mediante a morte.

Parece uma coisa tenebrosa, e até mesmo sem sentido que Deus faça. Mas nossa visão de mundo, é diferente da visão de mundo dos homens que receberam a didática da morte. Muitas pessoas atualmente ainda tem uma visão como os de antes, em que a resolução de um problema é através da morte, de um criminoso, ou do sofrimento que se causa a um transgressor. Esses homens que tem esses pensamentos, não evoluíram para o ministério da graça, em que devemos fazer o bem aos transgressores, para que eles se arrependam e melhorem de vida.

Assim, Deus tinha em suas mãos um povo de dura cerviz. Como diz o verso, de Exôdo 32:9, em que diz que Israel era um povo de dura cerviz. Para um povo de dura cerviz, somente, a didática da morte, e nele se vinculava uma lei que o povo conhecia, que era a lei de Talião, olho por olho dente por dente. Novamente tal lei só foi colocada por causa da dureza de coração do povo. Como também temos o verso de Marcos 10:5 ,dizendo que deixou esse mandamento pela dureza de coração daquelas pessoas.

Assim, foi a única saída para ensinar aquele povo obstinado, através da didática da morte. Assim, podemos ler na segunda carta aos Coríntios 3:7, em que diz que o ministério da morte foi revestido de glória, e nessa didática, foi também escrita em pedras, citando os chamados dez mandamentos. E mesmo essa didática era tão grandiosa para a dureza de coração dos Israelitas, que eles não conseguiam ver a face de Moisés.

De fato os dez mandamentos ainda hoje, é a base de padrão para diversas leis modernas. Assim a didática da morte, é tão grandiosa que ainda hoje se fundamenta diversas normas do direito. Isso demonstra que a didática da morte não é errada, ela é correta, mas foi feita para indivíduos com dureza de coração. Uma das normas da didática da morte, é a palavra de Deus dita "não matarás". Podemos ver isso em Exôdo 20:13. Essa palavra, define que não devemos matar, essa regra é correta e importante. No ministério da morte, se definia que, quem matasse deveria sofrer conseqüências. Essas conseqüências era a didática da morte. Então grande parte do povo, obedecia por medo das conseqüências. Muitas pessoas hoje trabalham com a mesma idéia. De gerar conseqüência a quem violar a lei. E muitos ainda acham que esse é o único meio. Jesus veio mostrar o ministério da graça, ou seja, ensinar as pessoas a não fazer o errado, sem as conseqüências. Muitas pessoas não conseguem aceitar que esse tipo de didática funcione. E ainda vivem pela didática da morte. De que um homem só pode aprender se sofrer uma conseqüência, caso desobedeça a lei.

Voltando a segunda carta aos Coríntios, podemos observar que o texto diz sobre algo muito mais grandioso que é a didática através do Espírito. A didática através do Espírito não vai contra a didática da morte, mas mostra que seguir a Deus por medo, não é viável. De fato quem segue a Deus por medo, acaba não aceitando a Deus. Assim a didática através do Espírito, define seguir a Deus por causa do amor. Podemos ler ainda no verso, que ainda que foi glorioso o que trazia condenação, mais glorioso ainda aquele que gera a prática de justiça.

Mas o que isso quer dizer? Enquanto que na didática da morte, as pessoas reduziam seus crimes com medo das conseqüências de desobedecer a lei. Na didática do Espírito além de não violar a lei, a pessoa por amor, pratica atos de Justiça. E nisso que estava a falha da didática da morte. Ela falhava em acrescentar as ações de justiça por amor.

Seria mais ou menos assim. Na didática da morte, um homem que violasse as leis de trânsito teria que pagar uma multa. Então ele teria medo de violar, pelo custo que teria que ter. Na didática do Espírito, ele não teria multa, mas sua educação seria baseado no amor. Ele veria diversos motoristas, não só respeitando uns aos outros, como ajudando outros. Uns passariam na casa dos outros, levando para o serviço, parariam o carro para ajudar quem passava. E assim sucessivamente.

Veja que a didática do amor é muito mais grandiosa que a didática da morte, que envolvia o conceito do violador da lei pagar multa. Mas as pessoas não aceitam essa didática do Espírito, por considerarem que não tem eficácia.

Na segunda carta a Timóteo 3:5, é dito sobre estes, que negam a eficácia da piedade. Piedade é quando alguém viola uma lei, principalmente contra a pessoa, e ela tem piedade, ou seja perdoa a outra pessoa. Muitas pessoas, que ainda vivem na didática da morte, definem que o violador deve receber a condenação, pois dizem que a piedade não é eficaz, e a outra pessoa deve sofrer para aprender.

Normalmente países que tem muitas condenações, costumam ser as mais violentas. E países que se preocupam mais com a cultura, e são piedosas, definindo meios grandemente humanos, para o aprendizado, tende a ter criminalidade muito menor, que os países que defendem castigos aos criminosos. E nesse ponto temos a idéia da didática da morte e a didática do espírito. Os dois países podem possuir as mesmas leis, mas os violadores da lei no que usa a didática do espírito, é muito menor do que os violadores da didática da morte. Mas a lei permanece a mesma, o que difere é o coração do homem, um não viola por medo, o outro não viola por amor.

Dessa forma entendemos claramente, que muitas pessoas ainda tem seu coração, ligado a didática da morte, quando desejam o sofrimento de criminosos. E outros tem a didática do espírito, quando desejam que os criminosos, sejam transformados, através da compreensão e do amor de outras pessoas. Mas normalmente o que acredita na didática da morte, diz que não existe eficácia da piedade contra os criminosos.

Muitos homens atualmente, que buscam negar a lei, definindo que ela foi abolida por causa da didática do Espírito, vivem na sua vida o ministério da morte, quando condenam outras pessoas. Enquanto que aqueles que compreendem o ministério do Espírito, tem compaixão, e piedade dos criminosos, mas não negam a lei. Apenas vêem que não é o castigo que realmente transforma alguém, e sim o amor.

Deus não mudou sua lei, nem mudou o seu modo de agir, apenas usou o ministério da morte, por causa da dureza de coração do homem, e por meio de Cristo, mostrou o ministério do Espírito, que vêm mediante a piedade, fundamentada no Amor.

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