Regras de Interpretação das Escrituras

Código VB01-E0012-P

VIEW:455 DATA:2020-03-20

1. Interpretação

Usando as técnicas de interpretação de texto, e a construção gramatical, deve se analisar o texto e determinar os seus pontos focais, e as características de sujeito e predicado de cada oração, determinando os relacionamentos entre sujeito e verbo. Vamos usar um exemplo:

O verso Isa 28:11, o verso define que "com lábios trôpegos e língua estranha Deus falará a este povo", mas como saber o que está acontecendo? Simples, interpretando o texto, temos que fazer algumas colocações:

  • Deus fala ao povo
  • Deus fala com língua estranha
  • Deus fala com lábios trôpegos

2. Comparação

Utilizando-se de outros textos, ver se a interpretação se relaciona com outros textos demonstrando ligação. Existem diversas chaves bíblicas, mas aqui já facilitamos pois o link do verso  Isa 28:11 já possui chaves bíblicas. Nessa chave encontramos três versos Deu_28:49 Jer_5:15 1Co_14:21. E lendo estes três versos e comparando podemos adquirir as seguintes informações:

  • Fala sobre a profecia da conquista pela Babilônia;
  • Cita que a Babilônia educaria Israel;
  • Define que a Babilônia seria porta voz de Deus;
  • Cita que falar em línguas, é falar línguas estrangeiras.

A comparação é importante para refrear a imaginação. Muitas pessoas ao invés de ficar no verso, criam situações imaginativas que não estão escritas e que não se sustentam a uma análise bíblica. Por isso a comparação anula imaginações, pois reduz a possibilidade de criar situações, sem que viole a lógica dos outros versos.

3. Utilizar a hermenêutica e de análise de outros textos comparativamente com o texto em análise.

Nesse ponto devemos observar todos os textos e tirar conclusões relativos ao texto. Se meditar profundamente nos textos podemos tirar as seguintes conclusões:

  • Todas as pessoas podem ser porta voz de Deus;
  • Deus não faz acepção de pessoas;
  • Dom de línguas é falar línguas estrangeiras;
  • Os hebreus podem aprender de Deus por outros povos;
  • Nenhum povo ou pessoa pode declarar exclusividade sobre a palavra de Deus;
  • Fazer a vontade de Deus é a regra para Deus falar com a pessoa ou povo.

É possível tirar outras conclusões, mas deve se tomar muito cuidado para não violar as definições fundamentais.

4. Utilizar da construção original do texto, grego, hebraico e LXX.

Nas traduções usar apenas um sistema de palavra para um autor, ou seja se o autor for Paulo, se utilizar uma palavra que tenha duas ou mais traduções diferentes, usar apenas um significado para todos os livros de um mesmo autor.

Nessa parte devemos observar o real significado da palavra. Por exemplo a frase "lábios trôpegos", trôpegos o que significa, vendo a relação da palavra com o termo hebraico temos H3934 . Lendo tal referência temos que o termo refere na ação de falar como estrangeiro. Quando lemos "língua estranha", o termo estranha é H312. O que define outra língua, ou seja uma língua estrangeira. De fato o uso dos dois termos definem que tem que ser além da língua estrangeira, um personagem estrangeiro que fala. Usando outros termos ligados, como em 1Co_14:21. Podemos ter os seguintes termos gregos G2084 G2087 G5491. Todas elas definindo a mesma coisa.

O uso da análise do termo grego e hebraico, serve para anular criações estranhas. Por exemplo, muitas religiões definem que línguas estranhas seria línguas dos anjos, ou um sistema de sons ininteligíveis. Mas segundo a análise dos termos gregos e hebraicos, unidos aos textos podemos claramente ver que as línguas são estrangeiras, como de outros povos. Esse tipo de análise deve ser fundamental para quebrar erros doutrinários, gerados pela falta de especificidade de algumas línguas.

5. Comparar com textos de outros autores. 

Comparar a sua análise com outras análises aceitas como analíticas é especialmente importante, mas não é o fundamental, o fundamento está na análise do texto, e na análise das palavras. A comparação com outros autores é um teste de detecção de erro, caso as regras 1,2,3, e 4, não estejam ligando, o que se for bem feito é quase impossível. Normalmente se os passos anteriores forem corretos, a análise de outros autores servirão meramente para ver os erros de outros autores e favorecer a criação de respostas contra sua análise criteriosa.

Nesse caso diversos comentaristas, definem o termo "trôpegos", como palavras gaguejantes, ou erradas, o que não procede pois envolve o conceito de estrangeiro, ou modo estrangeiro, como está nos termos hebraicos e sua ligação com o grego. E alguns comentaristas citam uma existência suposta de algo falado ininteligível. O que gera um sistema de dubiedade. Ininteligível por ser estrangeiro, ou ininteligível por ser alienígena? De certa forma muitos comentaristas tentam justificar sua fé em alguma doutrina buscando não focalizar nos termos, e assim constroem termos dúbios, pois na dubiedade ele pode supor uma imaginação doutrinária.

Tais devem ser detectados e analisados com clareza.

6. Utilizar da lógica em cada passo de análise.

Nesse caso a ferramenta de análise fica um pouco mais delicada. A utilização da lógica em análises sistematiza a busca de uma só solução a análise do texto. Ele fundamenta uma construção que não pode ser quebrada. Mas isso é de fato um pouco complicado. Seria recomendado conhecer fundamento de termos de lógica, para entender completamente o funcionamento.

Seja ℬ o conjunto de todos os versos bíblicos.

Seja "p" um verso contido em ℬ.

p = Isa 28:11.

Supondo "p" uma verdade compreensível temos.

p ∈ᛩ

Se "p" é um conjunto de idéias "P"

Se "Q" é o conjunto de línguas do mundo que existem ou existiram.

Podemos dizer que Q ⊂P ?(Q está contido em P).

Para essa resposta existe uma lista grande de construções. Que definem que é verdade que  Q ⊂P.

Se continuarmos e dissermos:

Se "E" é o conjunto de línguas extraterrestres não terrestres.

E ⊂P ?

Também existe uma lista de construções que definem que.

E ⊄P

Ou seja línguas extraterrestres não terrestres não estão contidos no verso de Isa 28:11

Logicamente, esse último tópico é apenas uma demonstração, de um conhecimento mais aprofundado de lógica matemática que seria necessário. Mas fazendo os tópicos anteriores já é grandemente suficiente para compreender o texto que se deseja. O último tópico é somente necessário para debates criteriosos. O último tópico está ligado a quebrar conceitos doutrinários falsos e definir que tais não estão contidos na lógica bíblica.






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Tags

Interpretação, hermenêutica, verdade, lógica, conhecimento, glossolalia, dom de línguas, linguas estranhas